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Pensata (sobre a amizade)

Acordo um tanto nostálgico.

O que não é nenhuma novidade para quem tem mais de 60. Especialmente em uma segunda-feira nublada de uma semana que termina na quinta e a outra (a que vem) só se reinicia na terça.

Revi amigos queridos no fim de semana – e, por tabela, senti a ausência de outros tantos que se perderam vida afora (onde andam?) ou, como diz o Rolando Boldrin, “partiram antes do combinado”.

Torço para que meu filho tenha amigos como eu tive ao longo da vida.

Eles são indispensáveis para a consolidação de nossa personalidade.

A família nos garante os valores éticos e morais para que possamos, socialmente, bem viver.

Mas, são os amigos que nos instigam, provocam, zoam e são zoados. Que nos ensinam. Que nos propõem rever conceitos (para o bem e para o mal) e compreendem e seguram a onda quando vacilamos e não sabemos aonde ir. Que nos dão aquela malemolência para tocar a vida; assim sem grandes escoriações.

Convenhamos; viver não é assim tão simples quanto parece.

Trago muitos traços de personalidade (in)devidamente chupinhado de amigos queridos em minhas falas, no jeito de encarar as encrencas cotidianas, no humor (será?) e no desapego ao tempo e suas mazelas.

Já escrevi aqui, mas não custa repetir (até como prólogo desta pensata) o bordão da turma da balacobaco, lá das quebradas do Sacomã:

“Quando estou com meus amigos, sou eu memo. Quando não estamos juntos, permitam-me a imodéstia do plural, somos alguém muito parecido com nós mesmos”.

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