Para o Corinthians, sobrou o tão sonhado estádio.
Para Itaquera, sofrido bairro da ZL paulistana, a possibilidade de valorização imobiliária e revitalização de toda a região.
Para as cidades-sedes dos jogos da Copa, além das novas arenas, a visibilidade internacional e a possibilidade de novos negócios (turísticos ou não) em um futuro próximo.
Para o Brasil, a chance de ocupar largos espaços na mídia internacional durante trinta dias e, a partir daí, quem sabe?, reinventar-se e acabar de vez com a triste imagem de país de terceiro-mundista, de carnaval, mulatas e exportador de pé-de-obra.
Isso, meus caros e amáveis fiéis cinco ou seis leitores, no melhor dos mundos.
II.
Vamos lá…
Não me entendam como o Pachecão da hora e da vez.
Lá, nas origens, quando do anúncio da realização da Copa aqui, torci o nariz e
disse a mim mesmo (desconfio que inclusive aqui no blog):
Não vai dar certo.
Quem estava (e está) no comando da coisa não inspirava (inspira) confiança.
Já lhes disse isso. Vou repetir para desencargo de consciência: quem comanda a Fifa, quem comanda a CBF (seja Ricardo Teixeira, seja Marin, seja Del Nero) não inspira confiança – nunca inspirou.
O Governo Lula (que sabia com quem estava lidando) fez ouvidos moucos às denúncias e aos desacertos que, desde sempre, envolveram a realização do evento.
A coisa toda se arrastou na base do jeitinho brasileiro.
E bota jeitinho bra$ileiro ni$$o…
Brazilzilzil…
III.
Tem mais.
Nunca acreditei, por exemplo, no legado que os governos deixariam com a implantação de projetos de mobilidade urbana, de instalação de equipamentos públicos, de melhoria da qualidade de vida por isso, por aquilo e por aquel’outro.
Sabia que na hora H seria o dia D… adiar as promessas e apresentar as desculpas.
Enfim…
Não quero terminar este papo/post com essa levada de baixo astral.
Apesar de todos os problemas, temos a oportunidade única de assistir a uma Copa do Mundo em nosso próprio País.
Sugiro que aproveitemos o máximo a chance.
IV.
E explico:
A verdadeira Copa que vai mudar a cara do País não é esta, a do futebol. Será a que viveremos em outubro/novembro, a das urnas.
Ali, sim, não podemos falhar.