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Márcio Costa

ANA FLÁVIA comenta:

“Acabei de assistir ao remake de O Menino da Porteira e nos créditos estava: Em memória a Márcio Costa – Primeiro Menino da Porteira. Minha mãe ficou chocada, pois ela assistiu ao filme original e, na ocasião, ela era mais velha que o próprio Menino da Porteira; ou seja, ele teria morrido muito jovem. E foi o que houve. Estranho: só aqui consigo achar informações sobre ele, nem fotos encontro.”

ANA ARIZA comenta:

“Achei maravilhoso você ter lembrado e ter feito uma homenagem ao menino Marcio Costa que se foi, e nem se quer é lembrado por ninguém. Eu não o conhecia, mas assisti ao primeiro filme O Menino da Porteira em que ele foi o Rodrigo. E por curiosidade comecei a fuçar a net para saber que fim deu esse menino, e encontrei só sua reportagem”.

AZOR OLIVEIRA JR comenta:

“Deixo minhas saudades a um grande amigo que tive. Passei ótimos tempos com o Márcio. Desde já, lhe agradeço pela lembrança do Luxa, como o chamávamos na época, pois coordenávamos quatro times de futebol de salão, entre outras atividades culturais e esportivas no Ipiranga. Grande saudade! Poucos dias antes da morte, ele me entregou o filme O Menino da Porteira em VHS e disse que era para eu guardar a lembrança. Sinto muito. Já está se faz 10 anos. É uma pena !”

II.

Caro leitor, permita-me , a partir dos relatos de leitores, fazer um post/homenagem em memória do ator Márcio Costa, protagonista da primeira versão filmada de O Menino da Porteira, com Sérgio Reis no papel do peão que conduzia as boiadas.

À época (meados dos anos 70), não existia o tal sertanejo-pop tão em deploravelmente em voga hoje em dia. E Sérjão, egresso da Jovem Guarda, ousou dar uma guinada em sua carreira e enveredar pela moda de viola, relegada, então, ao limbo dos horários matinais das rádios popularescas.

Ao regravar, a antiga moda, de autoria de Teddy Vieira e Luizinho, regravada à época forneceu o entrecho para o filme, um retumbante sucesso de público.

III.

Conheci o garotinho Márcio Costa na velha redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor. Tinha entre nove e dez anos, se tanto.

Dizer que o entrevistei é força de expressão. Quem respondia as minhas perguntas era a orgulhosa mãe do garoto, animadíssima com o lançamento do filme.

– Somos moradores do Ipiranga. Merecemos uma grande reportagem, dizia ela.

IV.

Relembrei o fato em post que escrevi em 22 de abril de 2008 ( que ainda hoje é um dos líderes entre os mais acessados do blogo/site).

Eis um trecho do que escrevi:

“O menino, por sua vez, ficava a se olhar no reflexo do vidro da janela da redação. Alheio ao que se passava ao redor, ajeitava o cabelo, fazia caretas, sorria, gesticulava num mundo que era só dele. E a mãe a dizer que o filho nascera para a arte e ele a interpretar ele mesmo em frente à janela.

Essa cena ficou na minha cabeça.

O tempo, senhor de todos os ritmos, passou. O menino, depois do filme, fez algumas novelas, outras tantas peças teatrais. Porém, nunca mais alcançou a mesma projeção. Virou adulto e os papéis rarearam. Reapareceu na redação várias vezes. Vinha divulgar o curso de teatro que iria ministrar na escola tal ou falar do personagem incrível que iria representar numa peça infantil ou mesmo para anunciar que seria escalado para a novela XYZ — papel que invariavelmente perdia para os novos meninos da porteira, de todas as idades e procedências.

No dia 15 de julho de 2004, o tal menino, aos 36 anos, não sei se diante da janela ou do espelho, encenou o derradeiro personagem. Morreu sozinho num apartamento no bairro do Ipiranga, onde sempre morou. Era o fim inglório ao que se entendia ser a promissora carreira. Ninguém soube explicar o ato final. Saiu uma brevíssima nota sobre o fato num jornal da região – e só.”

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