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O certificado e a saudade

“Blatter reconhece título mundial do clube em 1951”

Às vésperas do Dia Dos Pais, a notícia de O Estado de S.Paulo só faz lembrar o pai e os amigos do pai que se reuniam no Bar Astória, na rua Lavapés, dia sim e outro também. A italianada jogava Patrão e Sotto, falava de política e futebol. Entre uma cerveja e outra, a turma teimava em chamar o Palmeiras de Palestra Itália e recordar as duas viagens que fizeram ao Rio de Janeiro. Uma para ver o alazão Gualicho vencer o Grande Prêmio Brasil no Hipódromo da Gávea e a outra para ver o Palestra empatar em 2×2, em pleno Maracanã, com o poderoso Juventus de Turim e se tornar campeão da Copa Rio, oficialmente chamado de Torneio Internacional de Clubes Campeões.

Um momento, por si só, glorioso na história do futebol brasileiro.

O pai dizia que a vitória palestrina amenizou um tanto a dor da perda da Copa de 50 para os uruguaios, também no Maracanã. Ainda existia aquele negócio de torcer para clube brasileiro – fosse qual fosse – diante de um adversário estrangeiro.

Escrevi uma crônica sobre o tema em 30 de março de 2007 – “Meu Periquitinho Verde” está no blog e também no meu livro Volteios.

http://www.rodolfomartino.com.br/artigo.php?id_artigo=560

Leio que o Palmeiras receberá um certificado (qualificando a conquista como um título mundial) e o presidente Paulo Nobre fará o anúncio do reconhecimento na festa de centenário do clube em 26 agosto.

Não muda nada.

Só aumenta a saudade do Velho Aldo e suas histórias…

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