Sou fã do PVC.
Acredito no que ele diz e informa.
É um dos raros jornalistas esportivos que gosto de ver e ouvir.Um dos raríssimos que não me irritam, mesmo quando diz algo com o quê eu não concordo.
Participei de algumas palestras ao lado de Paulo Vinicius Coelho. Sempre que pode e é convidado, elem vem à Universidade Metodista, onde estudou Jornalismo e eu sou coordenador de curso, para falar aos estudantes – e é de uma humildade espantosa ao contar o seu trajeto na profissão.
A meninada fica vidrada – e quer saber qual a metodologia adotada para dar conta de tanta informação abalizada sobre futebol, mesmo aquelas que adveem de um tempo em que nem ele, nem a plateia eram nascidos.
Lembro sua resposta:
– Faço o que gosto sete dias por semana.
“Com seriedade, empenho de muitas horas dias e total honestidade”, acrescentei, em certa ocasião, aos estudantes que, embevecidos, diante do que imaginavam ser em um futuro próximo.
Nesta semana, circulou a notícia de que PVC vai trocar a ESPN/Brasil pela Fox Sports. A meninada estava ávida por informações. A princípio, poucos acreditaram.
“Professor, ele é a cara da ESPN – e agora?”
Hoje, o PVC se despediu com um post no próprio blog – e, de forma emocionada, respondeu à minha aluna e aos já saudosos fãs do esportes.
Tomo a liberdade de transcrever um pequeno trecho:
“(Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar…).Nem o Renato Russo nem a Cássia Eller são para sempre. Nem eu na ESPN.
Cobri três finais de Copas do Mundo, nove decisões de Champions League, é hora de ir. A decisão é minha.
Impossível dizer o que será de mim. Possível apenas saber que sigo minha vida de colunista na Folha de S. Paulo aos domingos e segundas-feiras. E que vou sentir uma falta desgraçada de vocês todos. Darei notícias.”