(Abertura da solenidade de colação de grau da turma de jornalismo “Professor José Fernando Mendes Vilar (in memorian) do curso de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo, realizada ontem no campus Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo)
Boa noite a todos…
Meus caros formandos, é muito bom revê-los aqui, firmes e fortes.
Felizes.
II.
Fico muito honrado em presidir esta solenidade e aplaudir a conquista de vocês que, em última análise, é de todos aqui presentes.
E de mais alguém… Que lá do outro lado do Céu alguém olha por nós neste momento – e vocês, formandos, de forma mais do que sensível e justa, resolveram homenageá-lo, dando a ele a honra de ser o patrono da turma.
Falo do professor Fernando Vilar, amigo querido, palmeirense de fé, e professor mais do que competente. Inesquecível.
Vocês não poderiam ter escolhido um patrono melhor para dar nome à turma.
Fernando Vilar é uma presença perene e ‘encantada’ na vida de cada um de nós.
III.
Permitam-me agora lhes falar de dois momentos que me são caros, e que sempre me emocionam, como coordenador de curso – e lá se vão 10 anos na função.
Um, vocês já viveram.
O outro, vivemos agora – neste preciso e iluminado instante.
O primeiro é quando aqui aportam levas de garotos na faixa dos 17, 18 anos, e me ponho a indagar quais motivos levam a meninada a querer ser jornalista – ainda mais hoje, quando as redações vivem um momento difícil, de cortes e enxugamento de pessoal. E rara criatividade…
Outro momento é quando participo dessas cerimônias – e vejo, no olhar de vocês, formandos, o quanto esse quadro, que não é nada animador, pode ser revertido – e será – pelo empenho de vocês, pela dedicação, pelo talento, pelo trabalho de vocês. E pela declaração de fé que a maioria de vocês demonstra…
Como denominador comum dessas duas etapas, creio eu, vem o sonho, quase objetivo de vida, de construir uma sociedade mais justa e solidária.
IV.
Acho que é isso mesmo que vale – e não lhes tiro um naco de razão
Ser jornalista é mesmo uma profissão encantadora. Está presente em todos os segmentos da vida em sociedade, de uma forma marcante.
O jornalismo é a ponte entre o indivíduo e o mundo.
Se você não se informar sobre o que está acontecendo, o mundo não existe para você, e consequentemente você não existe para o mundo,
Ou seja, não há cidadania.
V.
O Planeta se vê mergulhado em um oceano de informações, graças às novas tecnologias e ao que se convencionou chamar de redes sociais.
Todos estão conectados. Comentam, opinam, revelam-se.
Mas são os profissionais de Imprensa que chancelam e dão credibilidade ao fato e à notícia.
Vou lhes dizer o que penso:
As redações estão em crise. O jornalismo, não.
O jornalista vive um momento fabuloso, de transição, descobertas e conquistas.
E vocês serão os protagonistas dessas mudanças.
Então, à luta, rapaziada.
O Brasil, o jornalismo – e todos nós – precisamos muito de vocês.