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O caso Valdivia

Valdivia não joga mais no Palmeiras [ao menos enquanto sua situação contratual não for resolvida].

O chileno tem seu contrato a se encerrar em julho – e já está livre para fazer um pré-contrato com quem bem entender.

Para todos os efeitos, ele se recupera de uma contusão que sofreu ainda em fins do ano passado e que se agravou ao participar dos dois jogos finas do Brasileirão [quando o Palmeiras vivia o sufoco do possível rebaixamento].

Há um fundo de verdade nisso.

Mas, há também a dificuldade do acerto nas bases do contrato por produtividade [que é praxe nesse novo momento administrativo que vive o clube alviverde].

Haveria uma significativa redução no salário do atleta que só chegaria ao montante atual em caso de 100 por cento de participação nos jogos e de futuras conquistas.

II.

Ao que se pode ouvir em conversas informais na tarde de ontem, nas arquibancadas do Allianz Parque, existe uma firme disposição do presidente Paulo Nobre de enquadrar o jogador e o staff do mesmo para que a questão não vire ‘novela’ de final melancólico como aconteceu com Wesley.

Aliás, quando surgiram rumores de que Wesley teria ‘fechado’ um pré-contrato com o São Paulo, Nobre orientou a Dorival Júnior a não escalar mais o jogador.

Dorival ouviu o boleiro que desconversou.

Não se sabe se por inocência ou necessidade – o time do ano passado era uma draga só -, o técnico apostou em Wesley [e o que se viu em campo foi um jogador absolutamente desinteressado].

III.

Desde quinta-feira da semana retrasada, o pai de Valdivia é esperado pelos responsáveis pelo Departamento de Futebol do clube para uma conversa, sempre adiada.

A conversa pode sair amanhã, segunda.

Mas, na roda da turma do amendoim, há quem duvide.

O Flamengo surge como um possível interessado.

Nas redes sociais, irreverente e provocador, o boleiro postou uma foto do Rio de Janeiro.

O pessoal ficou na bronca – e viu ‘na brincadeira’ uma forma de pressão.

IV.

Tanto que um deles, dos mais antigos, não conteve a indignação:

– Se o tal Valdivia tivesse amor ao Palestra, ele assinaria um contrato em branco por tudo o que o Palmeiras lhe proporcionou nesses cinco anos em que ele, pouco ou quase nada, ofereceu ao Palmeiras.

“O Ademir da Guia fez isso, se não me engano com o Nélson Duque (então diretor do Palmeiras)”, um outro lembrou.

– Manaja, belo, não me compara um com o outro que é uma heresia.

“Os tempos são outros”, diz um terceiro. Mas, que seria um gesto digno, ah!, isso seria…

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