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Prof. Osmar

Durante os 30 anos que trabalhei no Ipiranga, conheci centenas de pessoas que, de alguma forma, tinham no jornal que eu editava (Gazeta do Ipiranga) ponto de apoio para suas atividades e até para os seus negócios.

A Gazetinha viveu um momento auspicioso, era ponto de encontro dos diversos segmentos sociais do bairro e, sobretudo, porta-voz de legítimos anseios da comunidade.

Mas, como ia dizendo, das tantas quantas pessoas com as quais convivi nesse tempo, algumas personalidades – não muitas, diga-se – foram marcantes na minha formação e no meu jeito de ver a vida.

Diria que foram mestres, referências.

O prof. Osmar Stolagli foi uma desses ícones,

Foi um dos fundadores da Unifai e, por muitos anos, ocupou a vice-reitoria da instituição aonde chegamos a trabalhar juntos.

Não conheço uma pessoa sequer que não olhasse com respeito e admiração para o prof. Osmar.

Seu jeito tranquilo de conduzir as conversas (mesmo as mais conflituosas), as decisões objetivas e conciliadoras e as histórias do Ipiranga de tempos idos eram marcas registradas.

Eu particularmente gostava das narrativas que lembravam os feitos das comunidades de imigrantes que o bairro abrigou no início do século. O prof. Osmar fazia questão de ressaltar o quanto todos eram solidários, especialmente na luta contra as inundações (desde então uma tragédia recorrente para os moradores da região).

O professor ocupou diversos cargos nas entidades representativas do bairro. Lembro-me dele como superintendente da Distrital do Ipiranga da Associação Comercial de São Paulo e como organizador dos festejos de aniversário do bairro do Ipiranga.

Nessa época, aliás, combinávamos a cobertura dos eventos (que eram muitos e ocupavam todo o mês de setembro) sob os slogans “O que foi foi” e “O que não foi será”. Assim espalhávamos as reportagens pelas páginas do jornal. Mostrávamos os eventos que aconteceram e divulgávamos os que estavam por vir.

Tenho certeza que todo o pessoal da velha redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor sente grande saudade desse tempo que ficou no encantado da memória.

Saudade ainda maior, não tenho dúvidas, todos sentiremos do amigo, o prof. Osmar, que nos deixou na semana que passou. Com a discrição dos sábios e a dolorosa ausência dos inesquecíveis,

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