Outra da série: “Para entender os perigos do Brasil de hoje”:
Transcrevo o email/alerta que recebi do prof. José S. Faro sobre o programa de rádio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que deixou de ir ao ar após convidado citar "golpe".
“Prezados colegas,
A notícia abaixo dá conta de que estamos vivendo realmente uma situação que eu caracterizo como uma escalada fascista em diversos setores da vida nacional. Trata-se de um episódio ocorrido no curso de jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que traduz o clássico mecanismo de auto-censura e auto-repressão que amplia os efeitos do obscurantismo.
Alegando a existência de uma suposta lei que proíbe que se fale em golpe associando-o a Michel Temer, agora “presidente”, um funcionário da Universidade (sabe-se lá vindo de onde) proíbe que a entrevista com o professor vá ao ar, com os desdobramentos e constrangimentos que todos podem imaginar.
As manifestações de repúdio ao ocorrido estão acontecendo em diversos espaços do país.
Minha sugestão é que o assunto seja veiculado nas respectivas listas e redes, eventualmente com a apuração da repercussão que o episódio teve entre as autoridades universitárias.
Aqui, a íntegra da entrevista feita com Benedito Tadeu César:
(https://soundcloud.com/luisa-rizzatti/entrevista-coletiva-com-benedito-tadeu-cesar)
II.
Outra da mesma série:
Da janela de casa ouço o ruído de um carro de som.
É um candidato a vereador na caçamba de uma dessas picapes modernosas. Microfone em punho, ele anuncia aos quatro cantos, com sua voz de cantor sertanejo:
“Vamos lá, moçada. Vamos tirar o PT da prefeitura. Vamos lá! Meu nome é…”
Eis a plataforma do pimpão.
Ele – e muitos – imaginam que basta tirar o PT do governo para que tudo se resolva.
Olha o que está acontecendo com o País!
Temos um presidente “ficha suja” e um bando de asseclas e perdedores no rol dos mandachuvas do País – e…
Afundamos cada vez mais no golpismo.
III.
Pesquisa de intensão de votos para prefeito de São Paulo, divulgada ontem pelo DataFolha: Russomano, Marta e Dória lideram.
A esquizofrenia eleitoral dos paulistanos é sempre surpreendente.