Sou um cidadão simplório, nascido e crescido no bairro operário do Cambuci, com longos anos de estrada e vida.
Como cheguei até aqui?
Eis o mistério.
Dizem que foi comendo pelas beiradas, economizando o almoço para pagar o jantar, a olhar a linha do horizonte com jeito de quem não vai chegar, mas caminhando…
Caminhando sempre que é o passo que faz o caminho.
Por vezes, penso que entendo alguma coisinha disso e daquilo que vejo ao derredor.
Em outras – e estas se fazem cada vez mais presentes – me convenço que nada sei do mundo e das gentes.
Houve um instante, meus caros, ali pelos 50 e tantos, que imaginei já ter vivido poucas e boas e nada poderia me surpreender a partir de então. Para o bem e para o mal.
Tocando, e seguindo em frente.
De uns tempos para cá, porém (e sempre existe um porém), parece que o Planeta desandou em bestagens e dei de trombar com situações que não só me espantam, empacam; mas me entristecem profundamente.
A ponto de vacilar na minha fé nos homens e no que está por vir.
(…)
Tô nesse desalento e desabafo.
Mas o que eu quero mesmo é me solidarizar na dor com a família Lula da Silva pelo drama que lhe é imposto com o passamento da ex-primeira dama Marisa Letícia.
Minhas preces e meus sinceros sentimentos. Humildes, mas sincero.
(…)
Lamento profundamente que o País viva esse momento de trevas. De intolerância, ódio e exacerbado preconceito. Ainda mais quando tais desumanidades se manifestam e envolvem parte de uma categoria profissional tão importante como a dos médicos.
Não generalizo, mas – repito – lamento.
É inconcebível!
(…)
Termino recomendando a leitura do post do grande repórter Mario Magalhães: “Marisa Letícia ofendeu a cultura da Casa Grande ao virar Dona Marisa”, publicado ontem no Uol. Assino – e dou fé – a tudo o que o brilhante jornalista escreveu…