Um santo acaso me fez professor.
Não sei se já lhes contei essa história aqui. Se contei, me permitam essas breves linhas que pretendem reverenciar, mesmo com atraso, o Dia do Professor.
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Contra a minha vontade – mas, para meu orgulho -, meu filho cismou de ser jornalista. Fez vestibular e entrou na Universidade Metodista de São Paulo em 1998.
A presença dele na sala de aula atiçou a lembrança de dois conhecidos meus, os jornalistas e professores Katy Nassar e Sérgio Rizzo.
Numa conversa entre ambos, Rizzo sugeriu à Katy que me contratasse para ‘copidescar’ os textos que os alunos escreviam para o jornal laboratorial do curso de Jornalismo, o Rudge Ramos Jornal.
O professor da função havia se demitido e Rizzo, de olho em outros projetos de carreira, abriu mão daquelas horas/aulas e indicou o meu nome à professora; então responsável pelo RRJ.
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Quando o telefone tocou na velha redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor, jamais poderia imaginar que minha trajetória profissional seria inteiramente outra a partir dali.
Aceitei conversar com a Katy de olho na bolsa que o filhão receberia pelo fato de eu estar por ali.
Não imaginei que estaria me reinventando como jornalista e como pessoa.
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Ano que vem completo 20 anos de vida acadêmica.
E, permitam-me confessar, posso dizer que mais aprendi do que ensinei ao longo dessa jornada. A convivência com às novas gerações é de um constante revitalizar-se.
Um desafio que se renova a cada manhã…
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Alguém me disse, certa vez, que a vida era tal e qual uma corrida de revezamento. De alguma forma, nossa estada por aqui, no Planeta Terra, servia de etapa para que, mais à frente, de acordo com o trajeto percorrido, entregássemos o bastão aos mais novos. Assim, estes poderiam dar sequência aos sonhos e projetos que tocaram nosso caminho e, mesmo que humildemente, nossa obra.
Ser professor é muito isso… Uma missão.
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Parabéns a todos os professores.
“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma, continuamos a viver naqueles cujo os olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. ” – Rubem Fonseca. 1933/2014
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