Alguém me pergunta o porquê não escrevi sobre a Copa da Rússia.
Ontem, o noticiário foi quase todo ele dedicado aos 100 dias que nos separam de uma nova edição do maior evento esportivo do Planeta.
Faz sentido a indagação.
Todos ao meu redor sabem que amo futebol.
Desde que me conheço por gente, o tal esporte bretão norteia meus dias e noites.
Houve um tempo em que, além de ir aos estádios sempre que possível, jogava futebol quase todos os dias e acompanhava o meu filho que também praticava salão e campo. Era federado e tudo o mais.
Enfim…
Como não virei jornalista esportivo?
Embora tenha dado minhas tacadinhas na área, não sei explicar a razão de não ter me fixado nesse campo.
Minha carreira no jornalismo foi bem ao estilo do Zeca Pagodinho:
“Deixa a vida me levar… Vida leva eu.”
Sempre gostei de uma boa história.
Não me arrependo.
Tentei ser um bom repórter-repórter, sabem como? Essa espécie que, infelizmente, está em extinção substituída por blogueiros, colunistas e aquartelados.
Sei que, também no futebol, é possível belíssimas histórias. Mas, seguramente, não são essas as pautas prioritárias do dia.
Pelo que vejo hoje, nos programas esportivos, vale a opinião, o cascatol, aquele relicário de combinações de números (4x2x4, 4x1x4x1, 4x3x3) e por aí vai…
Vejam o que aconteceu no fim de semana, com ‘a operação Neymar’, o quase reality que as TVs e rádios montaram para cobrir os acontecimentos (?) em tempo real.
Será que era pra tanto?
Enfim… (2)
O assunto, qual era mesmo?
Ah, sim, a Copa da Rússia, 100 dias e cousa e lousa…
Pois, então, desconfio que vou frustrar as expectativas dos amigos e inimigos: não tenho nada a lhes dizer.
Não sou um ferrenho torcedor da seleção. E não é de hoje…
Não sei explicar. Não me empolga, e convence.
Nos dias atuais, menos ainda.
Claro que vou ficar ligado nos jogos. Mas, como um torcedor comum, desses que berram e xingam e falam e palpitam – e, depois, esquecem…
Talvez por isso não tenha me fixado no jornalismo esportivo, prefiro não ver ciência e lógica em algo que é pura paixão…
O que você acha?