Entrevistei Erasmo Carlos quando lançou o seu disco de maior sucesso pós-Jovem Guarda.
Foi em 1981.
Erasmão tinha 39 anos, e estava numa fase inspiradíssima. Apaixonado pela mulher, Narinha, e compondo como nunca.
Depois de uma longa jornada, era reconhecido por crítica e público.
Por tudo isso, o trabalho chamou-se “Mulher” – um título pra lá de sugestivo que, de alguma forma, já preconizou o momento que hoje todos vivemos de empoderamento feminino.
A entrevista foi deliciosa de se fazer e depois se prolongou, para alguns renitentes repórteres que insistiram em ficar por ali, no hall do Brasilton Hotel, num divertido bate-papo.
O gigante-gentil Erasmo consolidou com este trabalho uma carreira de sucesso singular e, ao meu ver, nos legou uma das mais belas canções que merecem ser ouvidas e reouvidas neste 8 de março – Dia da Mulher.
O que você acha?