– Quais as boas, meu querido?
Era comigo a conversa – e, no primeiro instante, lembrei-me do amigo Marceleza, o paulista mais carioca, torcedor do Fluzão, que conheci.
Não era ele. Bateu uma saudadinha do amigo distante.
II.
Era, sim, um rapaz que conheço de vista, de participações em fóruns e reuniões, aqui, no campus. Sequer sei o seu nome. E desde já me desculpo… Mesmo assim, sorrio e devolvo o cumprimento:
“Vamos levando”, digo sem qualquer convicção.
Mas, o meu interlocutor está a fim de papo:
– O que achou da seleção do Tite?
A seleção. Vixi! Não ando entusiasmado com a Copa, não. O que responder?
Improviso:
“Pois é… É a seleção do Tite, vamos torcer”.
Uma mentirinha providencial, ao menos por enquanto. Não tenho a menor intensão de ‘pachecar’.
III.
– E o Blog como vai?
Como dizem pela aí, o tal está mesmo na “vibe” – e eu louco pra voltar pra minha mesa de trabalho e tocar os despachos de hoje. Quinta é véspera de sexta e sexta é um pé no fim de semana.
Mas, reconheço, se perguntou do Blog, pode ser que seja um dos meus incautos cinco ou seis (quiça sete?) leitores. Então, é bom preservá-lo…
“Vai bem, obrigado”.
IV.
– Qual o assunto do dia, antecipa aí?
Digo a ele que não posso dizer.
“Leia e verá. É uma surpresa”.
– Posso fazer uma sugestão?
Sequer espera que eu me pronuncie:
– Toca Djavan…
O que você acha?