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Os bordões do Lilico, o invocado

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Marceleza, mano veio.

Qual é, mermão?

Nem vem de escada que o incêndio é no porão.

Como está o seu amado Rio de Janeiro?

Ah, sim!

Devagar, devagarzinho, como diz o grande Martinho da Vila.

Pois então, amigo.

Que mané-conversa é esta de que, por tudo que ando escrevendo nesses dias, o Blog está devendo ao distinto público um alentado tratado sobre o seguinte e palpitante tema:

O que o Degas aqui acha sobre o impávido Inquisidor fazer parte do governo eleito, como Ministro da Justiça?

– É bonito isso?

– Comigo, não.

Você me faz lembrar os bordões do saudoso Lilico, o invocado (1937/1998) – humorista de esquetes contundentes, politicamente incorretos, que se apresentava na Praça É Nossa -, quase sempre a denunciar as mazelas deste nosso Brazilzão, ao som da marcação de um ‘surdão’ que trazia pendurado ao corpo magrelo e malajambrado.

Foi de propósito, não é não?

Tô ligado.

O fidalgo ‘caraguatatubense’ sabe como mexer com a minha nostalgia.

Captei a mensagem, brother.

E não vou lhe deixar sem resposta.

Quanto ao que penso do futuro ministro da Justiça, serei bem objetivo.

Leia o editorial do El País/Brasil: MORO TIRA A MÁSCARA  

Achei justo e verdadeiro.

É ler e conferir.

Está tudo dito.

Fechamos, então?

Sobre a entrevista do futuro ministro ao Fantástico na noite de ontem,  faço outra brevíssima observação.

Não chamaria o que foi ao ar de Jornalismo.

Lavado e enxaguado no risque-e-rabisque das redações e da vida, tenho a sincera impressão de que a Globo está tentando se aproximar do futuro staff do governo eleito.

Sabe bem como é, camarada?

A TV é uma concessão pública, e o homem já deu algumas prioridades para a Record do bispo que o apoiou, para a Band que sempre capricha em ‘endireitar’ os fatos, enfim…

“Quem tem tem. Quem não tem não se conforma.”

Verso lindo da música Iran, do saudoso Luiz Melodia, carioca como você gostaria de ser, mas não é, embora perambule pela Velha Cap.

Aquele abraço, amigo!

Apareça em Sampa. Precisamos papear mais.

Não se assuste com a serração de fim de tarde do lugar onde moro.

Faz parte!

Encerro essas maltraçadas e lhe devolvo outro bordão do Lilico, que se encaixa perfeitamente aos embaçados dias que vivemos:

“Tempo bom. Não volta mais.

Saudades de outros tempos iguais”

Ainda nenhum comentário.

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