Tenho 45 anos de militância no jornalismo.
Nas redações por onde andei.
Na Universidade, por duas décadas.
Nos livros que escrevi – e ainda tenciono escrever.
Neste humilde Blog.
Assim permanecerei, creio, vida afora.
Jornalismo não é estar.
Jornalismo é ser.
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Faço este prólogo porque amanhã (domingo/7 de abril) é o Dia do Jornalista.
A data precisa – e será celebrada.
A data propõe a urgência urgentíssima de uma contundente reflexão.
Mais do que nunca, no limiar de outra tragédia institucional que pode nos jogar no fosso por décadas e décadas, o papel do Jornalismo se revela preponderante.
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É certo que já me senti mais orgulhoso da minha categoria.
As vozes dissonantes, críticas e independentes ao grotesco do que hoje se vive, são cada vez mais esparsas, embora corajosas e heroicamente estridentes.
Minhas reverências a esses profissionais. Ao Jânio de Freitas, ao Juca, ao Amorim, ao Mino, ao Bob Fernandes, ao Jamil Saad, ao Trajano, ao pessoal da Oboré e a todos aqueles que estão nessa trincheira.
São estes que me fazem ter fé no caminho que escolhi.
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Serei sincero…
Também não tenho lá muita certeza de que a escolha foi minha ou a coisa toda já estava traçada por um incerto Senhor chamado Destino.
Entrei na USP para fazer Comunicação Social por causa de um bendito teste vocacional e também porque não me via exercendo nenhuma das tais profissões formais.
Era um hiponga suburbano, “cabelos longos, ideias malucas”, como dizia o Velho Aldo, meu pai. Difícil de me enquadrar no escritório ou numa repartição.
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Entre os vários cursos oferecidos pela Escola de Comunicação e Artes, o de Jornalismo foi o meu pouso natural.
Desde então, estamos aí…
A batucar letrinhas, a fazer soar o trombone da indignação, a contar causos e histórias.
Mas, não só…
Jornalismo é mais, insisto.
Jornalismo é caráter.
Jornalismo é ser agente da transformação, o mediador das demandas sociais.
O historiador do cotidiano.
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Por tudo que lhes narrei, vejo com esperança o encontro desta manhã, dia 6. Teremos a solenidade de inauguração da escultura “Troféu Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos” a ser realizada na Praça Vladimir Herzog, ao lado da Câmara Municipal de São Paulo, a partir das 10 horas.
Neste ato, as entidades representativas dos jornalistas reúnem-se para reafirmar o compromisso com a democracia, a liberdade de expressão, o direito à informação, em defesa da dignidade profissional e o total respeito aos princípios da Constituição Cidadã de 1988.
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Acho importante salientar que há tempos essas entidades – por motivos os mais diversos, alguns tolos até -, não se reuniam numa pauta conjunta que, em essência, tenta afastar a sombra do obscurantismo que hoje nos envolve.
É tempo de luta, sim!
Pela construção de um Brasil de todos os brasileiros.
O que você acha?