“Professor”.
“Professor”.
Acreditam que ainda reluto em atender a quem assim me chama?
Curioso, não?
Fiquei 20 anos na Universidade ora como professor ora como coordenador do curso de Jornalismo. Quase sempre conciliei as duas honrosas funções – mas, sempre e sempre, primordialmente me senti e entendi um jornalista na sala de aula.
Sabem aquela corrida de revezamento?
Era assim que eu me via, a embicar na linha de chegada dos meus 100 metros rasos e passando o bastão.
Vamos lá rapaziada que agora é a vez de você performar.
(O verbo está na moda. Não resisti, perdoem.)
…
Quase um ano fora do campus e sem qualquer plano de voltar regularmente ao magistério (já dei a minha cota), não é raro encontrar, em minhas andanças, ex-alunos que fizeram parte desses tempos que me foram, reconheço, gratificante.
Faço a importante ressalva:
Estou certo de que o convívio com a garotada me fez um bem incalculável.
Aliás, reconheço que aprendi mais do que ensinei.
…
Fico feliz quando os encontro – e eles me dizem que andam por aqui no Blog sempre que podem.
Não sei se falam só para me agradar.
Não importa.
…
Importa mesmo que, enquanto teclo a coluna do dia como agora, muito do que escrevo é diretamente voltado para eles.
Explico:
É assombrosa a responsabilidade desses jovens (e alguns não tão jovens, é bem verdade) que toparam o desafio de fazer Jornalismo em tempos tão aziagos e sombrios.
…
O post Estilhaços de sonhos é um bom exemplo.
Escrevi para eles e por eles.
Jornalismo é missão.
Jornalismo é caráter.
Jornalismo é compromisso com a democracia e a justiça social.
…
“Uma vez professor sempre professor” – dizem que é assim.
Não duvido.
Por isso, e em forma de homenagem a todos os professores, tomo a liberdade de replicar o texto de hoje.
Vander
15, outubro, 2019Parabéns professor Rodolfo Martino. Foi uma satisfação muito grande conhecê – lo e conviver contigo por alguns anos da minha vida. Abraços. Vander.
Paulo Filho
14, dezembro, 2019Uma declaração daquelas.