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Tsunami rubro-negro

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Foto: torcidadoflamengo.com.br

Amigos,

Até o Rei Pelé, primeiro e único, reconheceu o fascínio que vive o Flamengo nessa antevéspera da finalíssima da Libertadores 2019 [sábado, às 17 horas, em Lima, contra o River Plate].

O Rei declarou-se em entrevista à Agência Efe ontem no Museu Pelé, na cidade de Santos.

Está surpreso:

“Coisa Maravilhosa.”

Pelé, óbvio, não está sozinho.

Há uma comoção rubro-negra generalizada Brasil afora.

Um tsunami de loas e proas que, sinceramente, poucas vezes eu vi no arraiá do Planeta Bola; se é que vi.

E se vi, vale ponderar, não foi com um clube de futebol e, sim, com a seleção canarinho em tempos de Copa do Mundo.

Mesmo assim, ressalto também, sempre houve vozes dissonantes quando se tratou do escrete brasileiro. Inevitável que este ou aquele e, quiçá, aquele outro jornalista não concorde com os métodos do treineiro da vez, lamente a escalação de determinado boleiro e/ou grite a ausência do craque da temporada.

Inevitavelmente é assim.

Concordam?

Em termos de clubes que também chegaram à final da Liberta, nada se compara. É certo, houve lá um bom interesse, sempre se fez um barulho, uma movimentação, mas, creiam, nem o Santos de Pelé, o Botafogo de Garrincha e Didi, o Cruzeiro do Tostão, o Corinthians de 2012 ou mesmo o Flamengo de Zico, Júnior e Cia; nenhum deles causou tamanha mobilização entre torcedores e mesmo na mídia em suas mais diversas plataformas.

Outros tempos, me diz o amigo Marceleza que é torcedor do Flu e, portanto, não anda nada contente com o oba-oba.

Até porque, reconhece ele, a realidade do Tricolor das Laranjeiras “é o avesso do avesso do avesso”.

– Estou me sentido assim, como se estivéssemos na semana do Dia dos Namorados, e eu pendurado no pau da goiaba, absolutamente só.

Aliás, é o próprio Marceleza quem me chama atenção para a terrível semelhança. Guardadas as devidas proporções de tempo e espaço (pois, vivemos num mundo globalizado e hiperconectado às mídias sociais), manifestação bem parecida com a atual, tão absolutamente positiva, só aconteceu com a seleção nacional de 82 na Copa da Espanha na reta de chegada, dias antes do jogo com a Itália de Paolo Rossi.

Mas, não sei se é de bom tom lembrar como tudo terminou…

Será?

Ainda nenhum comentário.

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