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Terra dos Homens

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Foto: Arquivo Pessoal

Não lembro em que livro foi…

Terra dos Homens (com tradução de Rubem Braga)?

Quem sabe no Correio Sul ou ainda em Voo Noturno (tradução de Pierre Santos)?

Não importa agora.

Importa que, em um desses títulos, o escritor e aviador Antoine de Saint-Exupéry escreveu mais ou menos o seguinte:

Os homens das primeiras décadas do século 20 estavam tentando explicar um mundo que já não existia. Com a invenção do avião – e ele foi um pioneiro dos voos noturnos e das trajetórias desconhecidas como a do sul do Chile ou a do deserto do Saara – o mundo mudou, era outro, desconhecido, sem fronteiras e limites. E a linguagem que se tinha até então para entendê-lo era inadequada, pois usava conceitos e pressupostos que se perderam, não mais vigoravam.

Se não foi precisamente com essas palavras, procurei ser fiel ao sentido do que o autor de O Pequeno Príncipe tentou explicar.

A Humanidade precisaria se reinventar.

Fiquei pensando nisso durante o meu perambular pela casa nesta estranha madrugada. Silenciosa e lenta caminhada noite adentro.

Talvez estejamos vivendo outro momento de ruptura.

De desconstrução.

E renascimento.

Parei aí.

Não consegui ir adiante.

Não chegaria a qualquer conclusão.

Fujo para o celular em busca de distração e amparo.

(Uma avalanche de notícias sobre a ameaçadora pandemia. Melhor buscar conforto nas mensagens dos amigos. Saber se todos estão bem…)

Ops, cá está um texto encaminhado pelo amigo e sempre-vereador Almir Guimarães.

Ele recorda que ontem – sim, ontem, 20 de março – foi o Dia Mundial da Felicidade.

Ninguém se tocou de…

Justifica-se, creio.

Como lembrar em meio a tantas e tamanhas?

O sempre-vereador faz a oportuna ressalva:

Com toda essa sensação de calamidade – e apesar dela – é importante que busquemos, a fim de encontrar a serenidade, momentos de prazer e felicidade.

Por isso, Dia Mundial da Felicidade, não deixe de sorrir.

Procure sentir-se bem.

Alegrar-se.

Acredito que espalhar uma sensação de leveza e enlevo, neste momento, pode trazer um pouco mais de paz ao coração de todos.”

Boas palavras, rapaz.

Não sei se foi o Almir o autor da mensagem. Acho deselegante perguntar.

É bem provável…

Pode ser uma parceria do Almir com um dos tantos amigos que fez e amealhou ao longo da vida – e agradeço aos Céus por ser um deles!

De qualquer forma, parabenizo o(s) autor(e)s pelo lenitivo dessa bela e suave orientação.

E, aqui, se me permitem, quero compartilhá-la com meus cinco ou seis leitores.

Nada de acionar a hélice de ventilador que, algumas vezes, imaginamos ter dentro da cabeça e que põe tudo a zunir e a girar.

Equilíbrio, e leveza.

Vamos, pois, na medida do possível (e do cabível) fazer o possível e mais um pouco para prolongar os nossos sorrisos – e não perder a serenidade.

Por tudo e por nada.

Vai passar!

Uma canção, um sopro, um afago de luz…

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