Foto: Arquivo Pessoal
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Amigos…
Havia planejado publicar um novo livro ainda neste ano. Seria o sétimo de autoria deste maljambrado escrevinhador.
Não será possível, por óbvios motivos.
Entonces…
Quero promover aqui uma enquetizinha básica.
Motivo: tenho em mãos os originais impressos dos primeiros capítulos de um livro que escrevi, mas dava por esquecido e perdido. Visto que desapareceu entre o fígado e alma do meu primeiro notebook.
O que pretendo saber de vocês é o seguinte:
Me arrisco à proeza de tentar aqui publicá-lo em capítulos ou esqueço? Para o bem da literatura, e da paciência de vocês.
II.
Vou lhes contar a minha saga.
Alguns muitos anos atrás, às vésperas de começar o mestrado, empolguei-me com a aquisição de um computador portátil. Antes do início das aulas propriamente ditas, passei todo um verão posando de romancista. Nada a fazer naquela pacata cidade do interior onde me refugiei, então…
Vamos brincar de ser Deus, pensei.
Para dar um cunho de mistério – e importância, por que não – à coisa, redigi tudo no compartimento secreto da engenhoca. Uma bobagem rodolfiana.
Vieram as aulas na Universidade, o mestrado, o risca-faca das pesquisas e da dissertação, a qualificação, a banca. Enfim, quando me lembrei do livro, havia inexoravelmente esquecido a senha.
(Bem, acho que vocês já deviam estar imaginando…)
Fiz mais e pior.
Nas idas e vindas do mestrado, um descuido, um tombo. E quebrou o tal do HD da jabirosca.
III.
Para encurtar a história da história do livro perdido, uns 10 anos depois, numa arrumação qualquer, dei de cara com algumas dezenas de folhas amareladas pelo tempo e pelo descaso. Custei um tanto a reconhecer ali as anotações dos primeiros capítulos, além de uma esquematização tosca, provavelmente a base do roteiro.
Que, aliás, é bem simples.
Baseia-se na trajetória de dois homens diferentes, mas iguais no jeito de amar – talvez, todos nós sejamos assim.
Ou não?
A inspiração surgiu após a leitura de uma entrevista de um famoso artista que, à época, com sessenta anos, se propôs a largar tudo e morar sozinho na montanha. Achei corajoso, e lindo.
Imaginei então um personagem com essa ‘pegada’ que havia amado todas as mulheres, mas agora não esquecia uma.
Ou seja, acrescentei-lhe, ao meu bel prazer, uma paixão imorredoura.
Por isso, e outras tantas coisas, a fuga para a montanha.
IV.
Também conheci um figura que só fazia frequentar casas, digamos, assim-assim. De quando em quando.
Um solitário.
Um belo dia esse jovem senhor se apaixonou perdidamente por uma moça que (de_sa_vi_sa_da_ men_te) cruzou o seu caminho num estacionamento da vida.
Ele pirou.
A moça, uma baiana sestrosa (seja lá o que isso quer dizer), ficou com pena do rapaz e sempre lhe tratou com atenção e tal. O suficiente para que ele ‘viajasse’ de vez
Claro que os amigos logo perceberam e passaram a incentivar a mentira como se fosse verdade.
O moço chegou a tal grau de delírio que até o nome dos filhos já havia escolhido.
Pois é…
Um dia a casa caiu.
Caiu, não!
Desabou ruidosamente.
V.
São esses dois personagens que se encontram numa viagem para o alto da Serra da Mantiqueira, onde ambos buscam refúgio da vida e das dores de amor.
É mais ou menos isso.
Escrevi essa história em 98/99, não lembro bem. Sei que foi em São José do Barreiro, ao pé da Serra da Bocaina.
Agora nesses dias de distanciamento social tive um impulso de resgatá-la e publicá-la no Blog em forma de folhetim.
Olhem a ousadia!
Antes, porém, precisaria do aval dessa ilustre bancada.
Pronunciem-se, pois…
VI.
Aguardo a decisão.
Mas, não demorem.
Porque o que se demora é o que o tempo leva…
Não é nada difícil eu esquecer que havia me lembrado do livro que havia esquecido.
…
Marta Teixeira
5, abril, 2020Nunca uma consulta pública foi tão poética e encantadora. Não vejo a hora de acompanhar o “folhetim”!
Amândio Martins
5, abril, 2020Querido Amigo, Publique já! Amanhã! Se possível, agora..
Jacqueline Meneguel
6, abril, 2020O spoiler já foi instigante… Aguardo ansiosamente pelos folhetins!
VERONICA PATRICIA ARAVENA CORTES
6, abril, 2020Que história! Só você! Rsrsrs