Fotos: Arquivo Pessoal
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38 – O sobe e desce do plebeu no país de Grace Kelly
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Viajamos de trem para o Principado de MÔNACO, ponto de chegada dessas andanças pela Riviera francesa.
Aliás, uma viagem fantástica com paradas e belas paisagens em charmosas villes-balneários ao longo do instigante Mar do Mediterrâneo.
Ao devolver o veículo em Nice, não nos demos conta de que a cidade-estado de Mônaco aloja-se firme e encantadoramente acima de, vamos no popular, um penhasco.
A bem da verdade, corrijo.
Trata-se de uma imponente e bem cuidada colina enfeitada, com requinte e bom gosto, por ruas e belos jardins, edifícios de arquitetura variada, paisagens deslumbrantes do lindo porto repleto de iates e veleiros de todos os portes e emoldurada pelo famoso Cassino cercado de carros de marcas como Ferrari, Lamborghini, Jaguar, Porsche e que tais ao longo do estacionamento.
Ah! Registre-se: dos bem tratados arredores do Cassino têm-se um visual deslumbrante.
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Aliás, Mônaco é um deslumbre.
Mesmo para um suburbano cronista como este humilde plebeu, não há como não se imaginar num conto de fadas neste que é um dos menores países do mundo, com área de aproximados 1,9 quilômetros quadrados (entre subidas e descidas que só não cansam mais porque a gente, como os amáveis leitores podem imaginar, fica empolgadinho que só).
Fantasia e realidade se misturam a gosto do freguês. Ou melhor, do turista.
São claras e óbvias as influências francesas (afinal, estamos em um protetorado de Vive la France) e italianas (lá pelo século 10, Mônaco pertenceu ao Reino de Gênova), além da proximidade com os dois países.
A última parada do trem que corta toda a Provença e a Riviera é a singela e italiana Vintemiglia, há pouca mais de 30 minutos do Principado.
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Percebi que a turistada se esbalda a caminhar pelo traçado (ou trecho dele) da Fórmula 1 em Monte Carlo.
Não tenho essas manhas.
Mas, participo, com os meus, de algumas andanças.
Conhecemos a Catedral de Mônaco que data de 1875 e é dedicada a São Nicolau. Abortamos o passeio até o Museu Oceanográfico para tentar ver a troca da guarda no Palais du Principe que acontece pontualmente às 11h55.
Eu disse…
Esse sobe e desce de ladeira não é para qualquer plebeu, não.
De qualquer forma, vale a visita – e a reflexão tola de que o mundo todo poderia ser assim, organizado, com gente nos trinques e tal e alguma sofisticação.
Lembrei a crônica/poema de Drummond:
Que a Felicidade não dependa do tempo, nem da Paisagem, nem da Sorte, nem do Dinheiro. Que ela possa vir com toda Simplicidade, de dentro pra fora, de cada um para Todos.
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O que você acha?