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Inesquecíveis, as canções

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Foto: Arquivo Pessoal

Decididamente, se o mundo (ainda) não deu certo, acreditem, amigos, não foi por falta de trilha sonora.

Explico:

Dia desses, o amigo (e sempre-vereador) Almir Guimarães, com quem converso diariamente no whats, propôs a seguinte questão:

Quais as três canções inesquecíveis, as que eu mais gosto?

Hum…

Conheço o ‘gente boa’ de longuíssima data.

Que conversinha afiada!

Ele está aprontando alguma – pensei.

Tem algum projetinho em vista, eu o conheço…

Em todo caso, colaboremos, não custa responder.

Penso até que pode ser divertido!

Para ser sincero, nunca me senti, diria, confortável ao elaborar essas listas tão comuns nos finais de ano dos jornais e da vida – o melhor disso, a melhor daquilo…

É sempre cabível uma injustiça aqui, um esquecimento, enfim…

Ressalto, porém, que refiz um tanto esse conceito depois que li As Boas Coisas da Vida, de Rubens Braga.

Incrível. Divertidíssima!

CLIQUE AQUI PARA LER A CRÔNICA

Além do que, é bem legal quando se tem um amigo que se interessa pelas coisas que achamos ou aquelas que deixamos de achar.

Sem muito pensar, sapequei minhas escolhidas:

1 – Um samba-crônica de Paulinho da Viola.

(Ah, como eu queria escrever algo com tanto lirismo e pureza d’alma!)

2 – Uma dolente bossa-soul de Cassiano.

(Versos que me acompanham desde jovenzinho quando prescrutava o futuro e, ainda hoje, sempre que posso volto a ouvi-los. Só que agora a memoriar os passos e a jornada.)

3 – E, óbvio, não podia faltar, aquela canção dos Beatles.

(A que me ensinou que a vida é uma longa e sinuosa estrada,)

Feita a escolha!

Enviei ao amigo – e fiquei na expectativa da resposta.

Minutos depois, o Almir não teve dúvidas em cobrar a ausência de alguma obra de Ben Jor entre as eleitas.

Ben Jor é meu ídolo, o sempre-vereador sabe. Assim como sei que o cantante Júlio Iglesias é o dele.

Meio que sem jeito tratei de me justificar.

– Eu gosto de todas, Almir. Por isso, não consigo escolher uma só.

– Deixa comigo, concluiu o amigo.

Não entendi o comentário.

Mas deixei pra lá – e mudamos de assunto.

Confesso, no entanto, que passei alguns dias a elencar esta ou aquela canção que poderia fazer parte da tal lista.

Lembrei inclusive uma participação que fiz num programa de rádio há uns cinco ou seis anos.

Na ocasião, fiz uma seleção das músicas mais marcantes da minha vida.

Ai, ai, ai…

Não sei se optei pelas três hoje supracitadas.

Sou um poço de dúvidas nessa área – e, de resto, nas outras todas.

Estava inclusive pensando em retomar o papo com o Almir.

Quem sabe eu não pudesse incluir o Sinatra cantando I’ve Got You Under My Skin?

Magnífico!

Ou ainda Clube da Esquina N. 2, com Milton Nascimento? Me emociona toda vez que a ouço…

Não deu tempo, amigos

Descobri, no início dessa madrugada, o real (e generoso) objetivo do amigo quando me fez a tal  pergunta.

 

Vejam o que recebi no zap assim que bateu meia-noite!

Um postal personalizado de Feliz Aniversário!

Me quebrou legal!

Ah, em anexo, ainda veio o vídeo de uma das músicas do Ben Jor que mais gosto…

Ele a escreveu nos anos 70, em meio à ameaça da censura ditatorial, inspirado na obra de Dostoiéviski:

“Renunciando em ser poeta, dizia/Basta eu saber que poderei viver sem escreve/Mas com o direito de fazer quando quiser/Porque…/Ele sabia/Mas esperava a hora de escrever/Que as rosas…/As rosas eram todas amarelas.”

Salve Jorge!

Grande Almir!

Resumo da ópera:

Querem saber a real?

Os amigos de fé nos conhecem melhor do que nós mesmos!

Valeu, campeão!

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