Foto: Jô Rabelo
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Há dias que são assim…
– e as canções (sempre elas, poesias musicadas) inspiram e falam por nós.
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Espero que me entendam.
Se o mundo não deu certo, não foi por falta de trilha sonora…
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Este é o post de número 4.200.
A mana Doroti diz que vou melhor no Blog quando não escrevo sobre um tema específico.
Não estou convencido de que tal observação seja um elogio.
Acho que entendo o que ela, carinhosamente, tentou me dizer.
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Por vezes, quase sempre, pondero com meus botões: que abusado que sou?
Eu e minhas croniquetas que imagino possam interessar aos meus incautos cinco ou seis leitores
– e lhes envolver,
e lhes trazer de encanto qualquer,
uma lembrança daquelas boas de lembrar,
um toque de nostalgia,
um retoque na vida real.
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O amigo Nestor, que mora em Brugges, diz que sou um memorialista.
Viajou na própria generosidade para comigo.
Sou apenas um velhote sentimental.
Algo renitente.
Que ousa sonhar o sonho de que somos (ou podemos ser) todas as canções.
– e elas falam por nós.
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E sigo assim com a vênia e a paciência dos amigos.
E eu, que mal_e_mal sei ler poesia, neste Dia do Poeta, assim me reencontro no verso de Drummond:
‘e nada resta, mesmo, do que escreves
e te forçou ao exílio das palavras,
senão contentamento de escrever… ‘
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* Bem que avisei que sou abusado.
O que você acha?