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Cartão postal de Sampa

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Foto: Teste da iluminação do Parque da Independência que, após passar por ampla reforma, será reinaugurado solenemente em setembro, nas solenidades comemorativas dos 200 anos da Independência do Brasil.

Há quem duvide, sei bem. Mas, sim, ainda somos um país soberano.

Ao fundo, o Museu do Ipiranga, a principal atração do Parque e cartão postal de São Paulo.

A propósito reproduzo trecho da minha dissertação de mestrado “Museu do Ipiranga. A Nova Imagem de Uma Instituição Centenária (Administração José Sebastião Witter – 1994 a 1999)”. Neste período, o então diretor comandou uma reforma de 9 milhões de dólares que recuperou o Museu e o transformou em um dos mais visitados monumentos históricos do País.

Pena que aqueles que o sucederam não demonstraram o mesmo empenho e determinação.

Breve histórico do Museu Paulista da Universidade

de São Paulo, o nosso Museu do Ipiranga

Construído em cinco anos, de 1885 a 1890, o prédio do Museu Paulista da Universidade de São Paulo foi projetado pelo engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio e, desde o início do século, é reconhecido como “lugar de memória nacional”.

A construção em estilo renascentista reúne um acervo de mais de 200 mil peças entre utensílios domésticos e de uso pessoal, objetos provenientes de escavações arqueológicas, de instituições e corporações; instrumentos de trabalho, armas, veículos, numismática, filatelia, esculturas, pinturas, gravuras, fotografias, cartografia, manuscritos e impressos. Pela excentricidade, chamam a atenção dos visitantes: as carruagens do século 18, as mechas de cabelo da Marquesa de Santos, as armaduras, armas, trajes de gala e vestidos de festas, além de uma maquete da bucólica São Paulo antiga, datada de 1841.

II.
Além das áreas de exposição pública, o Museu é um centro de excelência nas áreas de Arqueologia, Etnologia, Geografia e História. Seus estudos estão voltados para a formação da sociedade brasileira, do século XV até meados do atual, com predominância do período 1850/1950. Possui uma biblioteca com 70 mil livros, alguns raros exemplares de cunho histórico e um setor de Publicações e Vendas.

A ala mais procurada é o Salão Nobre, onde está o quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo. Além das mostras permanentes e temporárias, oferece cursos, seminários e estágios em áreas educacionais.

III.

O projeto arquitetônico de Gaudenzio é de 1882 e a proposta inicial era “marcar” para a posteridade o lugar onde ocorrera, em 1822, o Grito da Independência (embora haja controvérsias sobre a localização exata).

Quando a obra ficou pronta, porém, um imprevisto. Os ventos fortes que castigavam a região foram considerados insalubres para os alunos que ali deveriam estudar em período integral. O Governo então decidiu transformá-lo em museu e, na seqüência, adquiriu a coleção do museu do Major Sertório, nascendo assim em 7 de setembro de 1895, o Museu do Ipiranga, denominação que se popularizou exatamente por estar situado num arrabalde distante que os índios, antes dos portugueses, já chamavam de ypi-anga (lugar onde corre o rio de águas barrentas, vermelhas).

IV.

O edifício, com seus 62 salões, ocupa uma área de 6.400 metros quadrados. Está situado dentro do Parque da Independência, uma área aberta de 16,1 hectares na principal entrada do bairro do Ipiranga, às margens do Riacho do Ipiranga. Nesta área, localizam-se outros importantes marcos históricos como o Monumento da Independência (inaugurado em 1922 para saudar o centenário da Independência), a Casa do Grito (onde supostamente parou para descansar a comitiva de D. Pedro), os Jardins Franceses, a Capela Imperial (onde desde 1972, ano do sesquicentenário da Independência, repousam os restos mortais de D. Pedro I e das imperatrizes Maria Leopoldina e Amélia de Beauharnais), o Museu de Zoologia (também da USP) e uma reserva de área verde.

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