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A Deus, Pelé

Foto: Reprodução do Twitter do Santos Futebol Clube

15h27 de quinta-feira/

Dia 29 de dezembro de 1922.

Notícia urgente:

Morreu Edson Arantes do Nascimento. Pelé, p Rei do Futebol. Primeiro e único.

(…)

O Planeta Bola e todos seus arredores (inclusive um planeta azulado chamado Terra) ficaram infinitamente mais tristes.

Pelé, o gênio.

Uma série de reportagens reverencia a passagem do melhor de todos os tempos – e eu, triste, triste, fico a resmungar:

Porque não fui eu que fiz?

O que devo escrever?

O Rei do Futebol, primeiro e único, merece todas as homenagens.

Foi o melhor jogador que vi em ação. Único capaz de centralizar todas as atenções enquanto estivesse em campo.

É célebre (e real) a história de os países africanos em guerra que acordaram uma trégua nos combates para ver jogar o Santos de Pelé. Ou a história do amistoso na Colômbia em que o desavisado juiz expulsou Pelé e, a pedido da torcida, acabou sendo ele (juiz) retirado de campo para que o craque pudesse terminar a partida e mostrar todo o seu talento.

Parecem lendas…

(…)

Concordo que o futebol era outro.

Era mais espetáculo. Magia. Encantamento.

Acho divertido os comentários de jovens (e não tão jovens) cronistas esportivos que tentam comparar os grandes boleiros atuais (e mesmo de um passado recente) a Pelé.

Não discuto.

Não vale à pena.

Pelé é incomparável.

(Suas conquistas e feitos comprovam isso.)

Quem viu, viu.

Quem não viu, que procure no YouTube ou assista ao filme sobre a trajetória do mito – “Pelé – O Nascimento de Uma Lenda”. Vai passar domingo ao meio dia na Globo.

É um bom programa. Mas, garanto: não é a mesma coisa…

(…)

A propósito, programa inesquecível do meu tempo de menino era ir ao Pacaembu ver jogar o Santos de Pelé, Coutinho & Cia.

Pegávamos o ônibus ou o bonde no Cambuci e descíamos no Centro da cidade.

Dali, caminhávamos até o estádio, felizes, com a expectativa do encantar-se.

Menores de 12 anos não pagavam a entrada. Só precisavam ter um adulto para acompanha-los até os chamados portões monumentais. Ali, na Praça Charles Muller, suplicávamos para os senhores que nos deixassem entrar com eles – e, assim, vivêssemos mais uma tarde/noite de sonhos.

Vou lhes dizer que o Rei nunca nos decepcionou. Até mesmo quando jogava contra o nosso time do coração.

Como não admirar (e aplaudir) tamanha genialidade?

(…)

Deus, em sua grandeza e magnitude, acolha o Rei que, um dia, ao deixar os gramados, proclamou:

“Love… Love… Love…

A biografia musicada, by Ben Jor

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