Pacífico da Paz

Foto: Reprodução do YouTube

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Tarde de quinta-feira, chove a cântaros.

A cidade está submersa numa espessa neblina. Que envolve os prédios ao redor do apartamento – décimo nono andar – do edifício onde moro.

Da janela, olho para o nada. E, mal e mal, sem ao menos divisá-la, consigo imaginar a via Anchieta já congestionada a essa hora.

A estrada fica perto daqui – e, quando o dia está relativamente bom, é possível enxerga-la daqui, do posto avançado das bobagens que escrevo.

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Tento rabiscar algo para o post desta sexta.

Algo que passe longe das joias do noticiário do dia.

Ops…

Joias?

Melhor não enveredar por esse caminho.

Não os quero ainda mais desesperançados, amáveis leitores e amigos.

Principalmente na semana em que resolvi, por conta e risco, homenagear quem me inspirou a ser o que sou.

(Tentar, eu tento. Se não sou melhor, não é por conta dessas notáveis personalidades. Fica nos estreitos espaços das minhas limitações.)

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Hoje, por exemplo, quero lhes trazer um herói da minha mais remota infância.

Vou em busca dele, adivinhem onde?

No YouTube.

O mágico portal do ontem, do hoje – e, do futuro, será?

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Será que eu o encontro por lá?

Explico o mistério.

O homenageado de hoje chama-se Pacífico da Paz.

Alguém conhece?

Trata-se do épico personagem de um desenho dos meus tempos de criança.

Anos 50.

Eu o via, enigmático, na Sessão Zig Zag da TV Record, na TV Invictus, 21 polegadas, pés de palito (como se dizia), em preto e branco – e romanticamente invejava sua coragem e os feitos para livrar o mundo – e a mocinha – de todos os males.

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Vejam abaixo:

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Pois é, meus caros.

Encontrei o desenho e, de quebra, um belo post do jornalista Dagomir Marquezi.

Cuidado Pacífico! O Boné!

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Pois é…

Estamos numa idade – e num tempo – que só nossas boas lembranças nos salvam.

Ou não?

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Detalhe:

“A cântaros”, sempre quis usas essa expressão.

Valeu!

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