“Profe, quem diria?, até o trapalhão do Agostinho deu pra ensinar jornalismo para a turma da CNN. E agora?”
Reparem minha expressão de espanto!
Como assim? Do que fala o cara-pálida?
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Aos poucos, vou me inteirando do treleê.
Desde sexta à noite, quando o bugio aconteceu, o zap não parou de receber mensagens como a que compartilho acima.
Algumas de amigos mais próximos logo imaginaram minha ausência das redes e vieram ao meu socorro e me encaminharam os tais vídeos que que bombaram Brasil afora e mostram o ator e humorista Pedro Cardoso, o inesquecível Agostinho Carrara da série “A Grande Família”, dando uma enquadrada poderosa nos jovens participantes de um programa de debate na CNN.
Cardoso/Agostinho faz duras críticas à superexposição que a mídia dedica ao senador Sérgio Moro no recente episódio em que a Polícia Federal desbaratou o plano do Crime Organizado de atentado à vida do ex-ministro de Bolsonaro.
Na esteira da argumentação, o ator ainda define como farsa (acho que não usou esse termo, mas foi assim que eu entendi) os programas de debates em que se pretende supostamente promover o diálogo e o entendimento. Mas, que, na verdade, se transformam em verdadeiros monólogos.
Sobrou – e bem sobrado – pesadas e oportunas divagações sobre o atual ‘fazer jornalístico’.
Vejam um dos vídeos que recebi.
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Outra notícia que, ontem e hoje, pipocou no meu zap é a seguinte:
Globo omite acusação de corrupção contra Moro e Dallagnol. Folha e Estadão escondem caso Tacla Duran
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Penso que generalizando, ambos tratam da mesma e controversa questão.
Aliás, virou-mexeu, de novo, a mesma, velha e inesgotável discussão.
– Cadê o bom jornalismo, Rudi?
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Não tenho, como aliás ninguém tem, uma resposta definitiva para essa querela sem fim.
Imagino, porém, que os 30 anos que andei pelas mais diversas redações e os 20 e tantos anos que passei em sala de aula nos cursos de graduação e pós-graduação de jornalismo sugerem a alguns incautos ex-alunos, fiéis amigos e desavisados leitores saber o que penso sobre a dita polêmica.
Não que lhes seja relevante o que penso, mas, digamos, tem uma história de vida nessa minha longa e sinuosa jornada.
Ano que vem completarei 50 anos de renitente batucar de letrinhas.
A troco de quê?
Ainda não sei.
Mas, resisto, e insisto.
Falaremos sobre o tema amanhã. Que hoje já lhes tomei tempo demais.
Inté…
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O que você acha?