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Alaíde Costa

Foto: Divulgação

Leio que a cantora Alaíde Costa foi a grande sensação do show-tributo à bossa nova que aconteceu domingo, dia 8, no Carnegie Hall em Nova York.

Foi um festão que reverenciou outro show, o original, que se realizou em 1962 no mesmo local e reuniu, então, João Gilberto, Tom Jobim, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Sérgio Mendes, entre outros tantos.

Especialistas dizem que, naquela ocasião, a histórica apresentação serviu de plataforma de lançamento da bossa nova em âmbito internacional a partir dos Estados Unidos.

Incrível a volta que o mundo dá…

Alaíde, hoje com 87 anos, não esteve naquele primeiro show.

Foi esquecida, injustamente.

Era uma das protagonistas entre as intérpretes do gênero naquela virada de década.

Só soube do evento quando “todos já estavam lá”, em plagas da América do Norte.

Desta feita, ela se fez presente à cidade e ao palco.

Merecidamente foi amplamente aplaudida no decorrer da apresentação.

De certa forma, recebeu o reconhecimento que sempre lhe coube como uma das mais belas vozes da nossa música popular.

.Aproveitou o ensejo para fazer justiça a outro esquecido:

Johnny Alf (1929/2010), o talentoso autor de “Eu e a Brisa”.

“Foi com Alf e seu piano que a bossa começou ainda nos anos 50” – disse a cantora.

Ocorreu-me uma lembrança preciosa ao ler a notícia.

Lá pelos idos de 2009/2010 tive o privilégio de fazer parte da bancada de entrevistadores num programa comandado pelo amigo e professor Antônio Andrade, na rádio-web da Universidade Metodista de São Paulo. Alaíde Costa foi a convidada daquela tarde – e nos falou da sua carreira, da cumplicidade da TV com a MPB nos anos 60 (a tal Era dos Festivais) e lamentou que não fez parte da trupe de artistas que se apresentou no Carnegie Hall naquela noite histórica.

“Fiquei magoada, mas com o tempo passou. Era ingênua à época.”

..

Racismo?

Talvez.

Muito provável.

Mas, nunca ninguém lhe disse nada sobre o assunto.

A vida seguiu…

Ficou a triste constatação de como funciona, muitas vezes, a indústria da música no Brasil.

Já naquela tarde Alaíde fez questão de ressaltar a importância de Johnny Alf para a bossa nova e a genialidade de Fernando Faro (1927/2016), diretor, produtor e dos grandes agitadores da MPB.

“Comecei com ele ainda nos tempos da extinta TV Tupi”.

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