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A entrevista e o vespeiro

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Foto: Redes Sociais/Leila Pereira

Sei que vou mexer num vespeiro.

Que muitos dos meus amáveis cinco ou seis leitores, palmeirenses como este humilde escriba, não vão gostar do que tenho a dizer.

Não me queiram mal.

É só futebol, genteeee!

Quero lhes falar sobre a tal entrevista que a Sra. Leila Pereira, presidente do meu Palmeiras, deu na semana passada e repercute ainda hoje nos corredores do clube, na mídia esportiva, nos becos e quebradas entre geraldinos e arquibaldos do Planeta Bola brazuca.

A mandatária e patrocinadora pegou pesado.

Falou verdades doídas.

Foi assertiva.

Usou e abusou do pronome mais do que pessoal “eu”.

– Eu faço.

– Eu aconteça.

– Eu mando.

– Eu desmando.

Ah, importante:

–  O avião é meu. Comprei com o meu dinheiro.

Em linhas gerais, a entrevista foi fora do tom.

Agora, permitam-me um aparte.

Muito mais fora do tom, no meu entender, têm sido as críticas exacerbadas (e passionais) que se fez (e faz) a partir da polêmica fala da ilustre senhora.

Ilações, deduções, interpretações a perder de vista. A gosto, interesses e preferências de quem as faz.

Discordo no varejo de muito do que ela disse.

Mas, no atacado, vejo sentido em muitas das declarações.

Dou um por exemplo.

Eu sei,  você sabe, ela sabe, até as pedras das alamedas dos jardins do nosso clube sabem que o Palmeiras não começou em 2015 com a chegada da Crefisa.

Tem história, tradição e procedência.

Leila Pereira, ao menos no que pude entender, focou seus fortes argumentos na trajetória do clube neste século até o tal em que a dita Crefisa chegou com seu então gordo patrocínio.

Vamos combinar

Não foi lá uma época das mais auspiciosas.

Tivemos uns brilharecos em 2004, em 2008, depois prefiro não lembrar.

Amigos-leitores palestrinos. Penso exatamente como ela a respeito dos clubes de futebol que, no futuro, não tiverem uma administração saudável, íntegra e profissional. A tendência destes é não segurar o tranco entre os mais-mais da elite do futebol brasileiro, por mais capenga que sejam CBF, federações e quetais.

Futebol é cada vez mais um grande negócio.

Mundo afora é assim.

Diria que o Brasil, como mercado, ainda está longe de ser inteiramente explorado.

Há campo e espaço para tanto.

Aí estão as SAFs, os fundos de investimentos, o mundo árabe e outros tantos e tamanhos.

É questão de tempo.

O assunto é amplo – e permite uma série de discussões.

Não gosto, outro exemplo, do tal poder intimidador das torcidas organizadas no dia a dia das instituições.

Enfim…

Fiquemos hoje por aqui.

(Mas desconfio que logo terei que voltar ao tema.)

Um adendo:

Penso que o melhor para o Palestra que todos dizem amar é tentar resgatar o tal lema que Abel Ferreira nos legou:

“Todos somos um.”

No mais, é aguardar o pleito presidencial de 2024.

E continuar, firme e forte, unidos, para um Palmeiras-campeão dentro de campo.

1 Response
  • Amândio Martins
    18, outubro, 2023

    Sou corinthiano, das unhas dos dedos dos pés até a ponta dos fios de meus cabelos, aqueles mais cumpridos. Meu time está uma pindaíba, mas com toda certeza dos mundiais interclubes que meu time possui, a Tia Leila falou puras e grandes verdades – em um mundo que atualmente as fakenews brotam aos borbotões pareceu tudo muito estranho, mas ela as disse. E com coragem! Não entendo como podem criticá-la tanto, basta ver o conjunto de sua obra no Palestra.
    Agora, se não a querem mais lá, podem mandá-la para cá, no Parque São Jorge. Ah! Com o avisão dela e tudo. Envelopar um avião com as cores e símbolos do Timão é bem fácil. Até eu ajudo.
    Precisamos de dirigentes no nosso futebol com a coragem dela. Só assim para salvar o Planeta Bola do fracasso que se desenha em um futuro próximo. Logo ali.
    Não sei se viram o debate entre os dois candidatos à presidência do meu time. Trágico? Humorístico?…sei lá o que foi.
    Mas os clubes brasileiros estão daí para pior. Retrato do Brasil? Não sei…até pode ser.
    Portanto, palestrinos, pensem bem e festejem a Tia Lelila…ou mande-a para nós. Fica a reflexão..

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