Foto: Arquivo Pessoal
…
Muito tudo, o nosso Blog.
Depois do Gera, de Lisboa, me enviar uma sugestão de texto ( leia o post A última de Lennon e McCartney), agora é o amigo Escova que, dos arredores de Paris onde mora em auto-exílio, se dá ao labor de me lembrar um dos ‘bordões’ que uso no Blog sempre que posso – e penso que deveria escrevê-lo mais e mais vezes:
“A construção de um Brasil de todos os brasileiros.”
Verdade verdadeira, amigo Escova.
Mas, a expressão não é exatamente um bordão.
…
Fiz o texto Meus Bordões no fim de semana passado – e nem me dei conta da bela frase que ouvimos (eu, o Escova e outros convivas) em idos tempos, do então secretário municipal da Cultura, o dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri, num jantar de autoridades promovido pelo então vereador Almir Guimarães, num restaurante no bairro do Ipiranga.
O prefeito de São Paulo era Mário Covas, também presente no célebre encontro.
Sonhávamos com um Brasil democrático a partir das enxurradas de manifestações pró Diretas Já.
E Guarnieri saiu-se com a frase:
“Nossa luta é pela construção de um Brasil de todos os brasileiros.”
Detalhe: não éramos e nunca fomos autoridades e, sim, repórteres, e registramos a manifestação nos respectivos jornais em que trabalhávamos.
…
Quando foi isso, meu caro?
1983, 1984?
E lá se vão 40 anos…
O mundo era outro.
Não sei se melhor ou pior.
Sei que era diferente.
Menos polarizado, talvez.
Não havia celular, internet e redes sociais.
Havia o certo e o errado.
E a valorização do diálogo, como forma de entendimento entre os homens.
…
É.
O mundo era outro.
Só o Brasil, desconfio, continua o mesmo:
Refém do Centrão e da ganância insana de uma minoria de privilegiados.
…
…
Nota do Blogueiro:
1 – Respondo à provocação do Escova, sempre ele. Diz ele: “Dia 30 próximo passado completou um ano da eleição de Lula 3. O que você acha?” Sou direto e reto. Penso que ainda não está bom, mas poderia estar bem pior. Muito quase tudo por fazer e lutar. Vale ficar atentos, pois os fantasmas do ditadorzinho tosco e mequetrefe, sua inominável clã e seus generais de estimação continuam à solta a nos assombrar.
2 – Em tempo: Escova jura que é ele o personagem da ilustração a contemplar a Torre Eiffel. Acreditar, não acredito. Mas, nunca discordo de um velho e bom amigo. Mesmo distante.
…
O que você acha?