Foto: Arquivo Pessoal/Siracusa, Sicília. Itália
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Consta que, naquele tempo, Jesus, Pedro e outros apóstlos andaram em pregação pela Sicília.
Segue o relato.
Assino, mas não dou fé.
Sabem como é?
Os italianos adoram contar histórias fantásticas.
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“Façam o seguinte” – disse Jesus, o Mestre dos Mestres.
“Cada um escolha uma pedra que imagine ser o tamanho da sua fome e a carregue consigo até a próxima aldeia”.
Ao ouvir a mensagem, todos trataram de obedecer.
Escolheram pedras de tamanho razoável e, com muito custo e suor, as levaram nos braços estrada fora até a próxima vila.
Apenas Pedro resolveu optar pelo passo ligeiro a um desgaste maior transportando um peso que julgou desnecessário.
Recolheu do chão um pedregulho e deu-se por satisfeito pela esperteza.
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Ao chegarem à aldeia, porém, deu-se o milagre.
Cristo transformou as pedras em pães.
E recomendou que os apóstolos se saciassem com o alimento.
Só o desapontado Pedro ousou perguntar-lhe o que fazer:
“Senhor, Senhor, e eu?
Como só este minúsculo pedaço enquanto meus irmãos se fartam com grossas fatias de pão?“
“Pedro, Pedro… Estamos em terras estrangeiras, não é justo que tiremos desses humildes moradores o alimento que lhes cabe… Dei a chance a todos de se valer do próprio esforço”.
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Cumprido o tempo do descanso e da pregação, a santa comitiva se pôs outra vez na estrada.
Como da vez anterior, Jesus recomendou que carregassem pedras.
Pedro saiu a procurar a maior das pedras.
Nesta hora, Cristo reuniu o restante do grupo e lhe alertou bem humorado:
“Vamos dar umas boas risadas às custas de Pedro”.
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Todos seguiram com pedras leves enquanto Pedro, todo arqueado e a bufar, vinha a passos lentos com a imensa pedra nos ombros.
Quando chegaram próximos à cidade a ser visitada, Jesus mandou que todos atirassem longe as pedras que traziam. Pedro ficou confuso.
“Você também”, disse Jesus.
E explicou:
“Nossa próxima parada é um lugar repleto de panificadoras. Homens, mulheres e crianças vivem em abundância. Por isso, meus caros, iremos nos alimentar dos melhores pães do lugar… Não se faz milagre todos os dias.”
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O que você acha?