Foto: Arquivo Pessoal
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A segunda amanhece movimentada, aqui, nos arredores de casa.
Quarteirões inteiros e a rotatória estão, digamos, tomados por um multiforme exército brancaleônico e enfeitados por tremulantes bandeirolas ao vento e enormes cartazes de candidatos a prefeito e vereadores da cidade.
Uma ferrenha disputa por metros quadrados. O que nos antigamente chamávamos de “caça ao voto” ou “caça ao eleitor”.
A impressão que tenho é a de que quem tem mais ‘‘presença’’ e correligionários vencerá a votação.
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Pois é, meus caros.
Eu mesmo fico surpreso com a minha surpresa.
Só agora me dou conta de que estamos na “reta de chegada das eleições municipais.
Será domingo, dia 6.
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Talvez porque éramos uma publicação regional, tínhamos um cuidado maior nesse período.
Havia, entre nós, o conceito de que a contenda mais acirrada é justamente esta, a municipal, que elege prefeitos e vereadores.
“É uma briga de vizinhos”, dizíamos.
Quase todo mundo se conhece e pede voto para os que estão ao seu derredor.
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Certa feita, elencamos meia dúzia de candidatos à Câmara Municipal só entre os moradores da rua Bom Pastor e imediações, no bairro do Ipiranga. Algins eram a mesma família. Outros dois eram sócios na mesma empresa.
“Nenhum deles vai se eleger” – vaticinou o nosso mestre e guru, o Nasci.
Dito e feito.
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Aliás, Nasci dizia que este era o pleito mais instável.
Exatamente pela peculiar proximidade de candidato e eleitorado, o voto para este ou para aquele nunca está garantido_garantido.
Basta encontrar um conhecido na fila da cabine do voto para correr risco a intenção de voto.
Só quando as urnas são abertas se tem certeza de quem ganhou ou perdeu.
Exemplos não faltam: Jânio Quadros (em 85), Luísa Erundina (em 88) e Celso Pitta (em 1996).
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Memórias e cadeiradas à parte, confesso, andei distante das querelas deste pleito.
A propósito, essa profusão de debates mais confundiu do que esclareceu a opinião pública.
Um circo de horrores.
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Bastou-me tomar conhecimento da lista dos candidatos tanto à Prefeitura como à vereança para saber a quem daria meu voto e em quem não votaria de jeito algum.
Não há bandeirola ou panfletagem que me faça mudar de lado.
Mas, respeito e acho até bom toda essa movimentação do chamado corpo a corpo do marketing eleitoral.
Ao menos, movimentam a economia.
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Que os candidatos se inspirem com a única BANDEIRA a seguir…
O que você acha?