Desde ontem a campanha eleitoral invadiu a casa dos brasileiros.
É que o Jornal Nacional passou a cobrir o dia a dia dos principais candidatos à Presidência da República.
Queiramos ou não, o JN é a verdadeira Voz do Brasil.
Não entro no mérito da chamada isenção jornalística que esta é sempre questionável. Já o foi em pleitos anteriores, não seria diferente agora.
(Depois, lá na frente, se não der certo com o candidato que a Globo apoiou, o JN muda de lado ou pede desculpa em editorial).
O fato é que o assunto eleição presidencial hibernava para o grande público. Que vidrou – e se frustrou – na tal Copa das Copas e ainda hoje curte uma ressaca daquelas.
A partir de ontem é o tema das rodinhas, bate-papos e acaloradas discussões.
Nesse barulho, houve quem confundisse meus dois últimos posts como panfleto em defesa do voto branco ou nulo.
Nada disso, meus camaradas.
Não professo o voto nulo ou branco em nenhuma hipótese.
Quem se nega a votar está deixando que alguém o faça em seu lugar.
Um dos candidatos será o beneficiado, é inevitável.
Apóio minha decisão na pequena história que lhes conto a seguir.
Na primeira eleição que tive oportunidade de votar em presidente, em 1989, votei em Mário Covas com plena convicção. Tanta que, desenxabido com os resultados do primeiro turno – deu Collor e Lula; Covas ficou em quarto – resolvi anular meu voto no segundo turno.
Venceu Collor e deu no que deu.
Até hoje ouço de amigos da época da velha redação de piso assoalhado que ajudei a eleger o Collor. Falam em tom de gozação. Mas, não deixam de ter razão.