Não é todo mundo que nasce para ser a cereja do bolo.
Para adequarmos aos dias vigentes, não é todo mundo que nasce para ser a rainha da bateria.
Mas, sempre haverá um jeito, mesmo que seja na ala do Avestruz Estabanado, de dar o nosso recado e, sobretudo e principalmente, nos fazermos felizes.
Só não podemos sair do ritmo e perder o passo.
O passo, aquele que faz o caminho.
É assim na vida e nos amores.
II.
Não sei se já lhes contei aqui do dia em que meu filho e cinco amigos reuniram-se, em uma chácara, para comemorar o 30 anos que completavam, todos eles, naquela semana.
Se contei, conto de novo. Não me custa!
Foi em março do ano passado – e nem era Carnaval.
III.
Quando adentrei (gostaram do tom formal?) no recinto e vi aquela turba de jovens – aniversariantes e convidados, todos na mesma faixa etária – a refestelar-se ao redor da piscina, o som nas alturas, a cerveja a rodo, tive o que chamam de insight.
Ou seja, a nítida concepção de que não cabia ali.
IV.
Sobrava por tanta e tamanhas razões que sequer convém relatar para que este não se transforme em um post/papo pra lá de existencialista.
Saí à francesa – e querem saber? Ninguém notou.
Mesmo assim fiquei feliz que só. Pela bênção de presenciar aquele precioso momento.
Bom saber que o futuro está em boas mãos.
Saber celebrar também é uma conquista.
V.
Aliás, foi neste dia inesquecível que aprendi definitivamente a lição mais do que definitiva:
O mundo, meus caros, se divide peremptoriamente em duas categorias de pessoas.
Os que podem e os que não podem sacudir a pança, balançar o esqueleto, dançar e ser feliz ao som de o Reboletions, tions, tions… o Reboletions…
VI.
Abraço – e bom Carnaval a todos!
O blogueiro pede licença e pede passagem para tocar outro projeto nesses dias de folia. Que para ele será de muito trabalho: terminar um texto para um livro que os amigos Francisco e o Padre Brito lhe encomendaram a alguns meses. E que, por enquanto, é só projeto.