Participo amanhã pela manhã de um debate esportivo, preparado pelos alunos do curso de RTV da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo. Em pauta, a validade ou não de o Brasil ser sede da Copa do Mundo em 2014.
Como não tenho uma ideia fechada sobre a questão, vou usar o espaço deste blog para algumas considerações.
Por princípio, não sou contra, nem a favor. Muito pelo contrário…
Também não sou o otimista de plantão.
Concordo que o País pela grandeza e tradição no esporte tem como topar essa parada.
O que pega são as circunstâncias em que tal evento se projeta.
Não é de hoje que a cúpula da CBF está sob suspeição.
Escândalos – e mais escândalos que põem em risco a lisura da empreitada.
É a cúpula da entidade que está à frente do projeto.
Por outra, há o exemplo pífio – e por tudo lamentável – do que aconteceu após o recente Pan-americano do Rio. Ficou o legado de obras superfaturadas e quase nenhum ganho em termos de benfeitorias públicas e sociais.
Não são lá grandes antecedentes.
Há ainda a exploração política que hoje é latente. O sim ou o não ao Morumbi, como arena para o jogo de abertura da Copa, revela bem o quanto de interesses políticos e partidários pesam na decisão.
Dias atrás, o próprio prefeito Gilberto Kassab teve que se explicar pelo fato que, em pronunciamento anterior, defendeu a estréia da Copa no Morumbi.
Diga-se que esses pontos – amplamente debatidos pela mídia – são apenas a tal ponta do iceberg.
Assim como é do conhecimento público que, mesmo na fila dos hospitais ou à espera da condução que nunca vem, quem vai pagar a conta somos nós, os pacatos cidadãos.