Dia desses, para esquecer a manhã chuvosa e fria, fui a estante e, de lá, retirei um dos volumes da obra de Rubem Braga – desde sempre, o melhor texto do jornalismo brasileiro. Já li e reli mais de uma vez o livro Crônicas da Guerra na Itália que narra as peripécias do cronista imbuído da missão de correspondente na Segunda Grande Guerra, acompanhando as tropas da FEB – Força Expedicionária Brasileira.
Desta feita, creiam, não passei da página inicial.
Explico o motivo da minha emoção.
Dei o livro de presente ao meu filho em seu 20o aniversário.
Nostálgico que hoje estou, tomo a liberdade de compartilhar com vocês a dedicatória que fiz ao garoto que, naquela ocasião, dava seus primeiros passos como estagiário em jornalismo.
Tomara que gostem!
Ro,
Às vezes, a gente só alcança a paz quando enfrentamos as guerras/desafios que a vida nos põe pela frente.
Dos conflitos vêm os avanços.
Dos avanços/conquistas se chega à esperança de dias melhores. Para todos.
O Sr. Braga do livro fez da guerra um momento de comunhão da Humanidade; não dispôs de armas, mas de palavras.
Palavras que são a essência de nossa profissão/vida.
Ou vida/profissão, tanto faz…
Te amo
(20.03.2000)
* O blogueiro viaja para participar do Intercom. Volto pra semana.