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A dimensão da tragédia de Mariana

Vem a moça, professora em Minas Gerais, e nos conta da tristeza que se abateu, naquele estado, com a catástrofe provocada pelo rompimento da barragem de dejetos minerais em Mariana e imediações.

– Aquele povo não merecia sofrer tanto. Claro que o Brasil e o mundo se comoveu. Mas, temos parentes, sabemos o que representa o pedaço de chão para os mineiros. Temos uma dimensão mais profunda de todo o drama.

Ela veio conhecer o curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo e o projeto pioneiro da Redação Multimídia que aqui desenvolvemos desde 2007, mas acaba, por força das circunstâncias, sendo ela própria o alvo de nossas perguntas e inquietações.

– Não foi acidente, acreditem! Foi, sim, desleixo, produto da ganância e da negligência…

As palavras saem em tom de desabafo. Suas respostas, aliás, só nos confirmam a magnitude dessa tragédia ambiental e humana.

– É o pior desastre ecológico que aconteceu em toda a História do País – e um dos dez maiores de todo o mundo.

Como estamos em uma escola de jornalismo, inevitável que entrássemos na análise da cobertura que a grande mídia fez do desastre e de suas consequências grandiosas.

– Lamentável. O estrago que se deu é imensurável. E o jornalismo não pode ficar apenas na superfície do que aconteceu. Deve buscar os culpados, as causas reais, não poupar a ganância das empresas, a omissão dos órgãos públicos, dos governos e ampliar, enfim, o poder de fiscalização para que não haja outro mar de lama.

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