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A entrevista

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Foto: Reprodução

Não foram muitos.

Diria que foram suficientes os pedidos para que eu postasse a íntegra da entrevista que fiz com o cantor Ney Matogrosso em junho de 1979.

Estranhei.

Postei um brevíssimo trecho deste encontro no post de sábado (B-250 ou Ney Matogrosso) em que reverencio 80 anos de vida e arte do artista arteiro.

Deu uma bela repercussão.

Não esperava.

Alguns dos meus incautos leitores se disseram interessados em saber o que o inquieto Ney Matogrosso pensava naqueles idos, tidos e havidos tempos.

Censura, patrulhas ideológicas, a relação com a TV, os planos para o futuro, etc. São alguns dos temas abordados.

Para ser sincero, até eu fiquei curioso em revisitar, letrinha por letrinha, aquela hora e tanto de conversa. Assim me enchi de brios e coragem – e me dispus a passar algumas boas horas do domingo diante do computador a digitar as falas de Ney. São quase 13 mil caracteres.

Arrisca a leitura?

Bem, o resultado final está na seção Leia Esta Canção do nosso humilde site/blog.

 CLIQUE AQUI para ler.

Um adendo. Ou melhor dois.

1 – A foto de Ney que ilustra a matéria do jornal e o nosso post é do amigo Walter da Silva. (Será que ele se lembra dessa jornada?)

2 – O projeto anunciado por Ney Matogrosso, durante o papo, de gravar autores tradicionais como Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, Vicente Celestino e que tais ainda naquele luminoso 1979 não se realizaram. Diria  que foram adiados pelo staff da Warner. Em seu lugar, Ney gravou o álbum Seu Tipo que fez um relativo sucesso de público e foi recebido, com ressalvas, pela crítica especializada.

Além da faixa título, de autoria de Luís Carlos Góes  e Duardo Duzek, o repertório trouxe majoritariamente autores da geração surgida nos anos 70 como Luli e Lucinha (‘Me Rói’), Fátima Guedes (‘Dor Medonha’), Joyce (‘Ardente’), Mauro Kwitko (‘Último Drama’), entre outros.

De autores clássicos, o disco incluiu Tom Jobim (‘Falando de Amor’), uma releitura de ‘Rosa de Hiroshima’, poema musicado de Vinicius de Moraes  e uma das raras versões assinadas por Caetano Veloso (‘Encantado’) para ‘Nature Boy”, de Eden Ahbez.

 

1 Response
  • Leila Kiyomura
    16, agosto, 2021

    Que maravilha!!! Vale lembrar. Só espero que esse post chegue até Ney Matogrosso … Ele verá que seus 80 anos são infinitos…Quem sabe até grave os tradicionais Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, Vicente Celestino…
    .

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