Foto: interdição da Praça dos Três Poderes/Fábio Rodrigues/Agência Brasil
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Meus caros e preclaros,
falemos das explosões em Brasília nas imediações da Praça dos Três Poderes.
Aconteceu na noite de quarta, dia 13.
Investiga-se: foi um ato isolado de algum extremista transtornado – que morreu vítima dos próprios explosivos – ou se há outras personagens envolvidas na ação terrorista?
Longe de mim envolver-me com as investigações da Polícia Federal, mas tenho cá comigo, que, em casos assim, outros responsáveis sempre os há.
Mesmo que atuem, digamos, de forma indireta. Na lavagem cerebral, na persuasão, na divulgação de fakenews, em gabinetes do ódio e outros aparelhos.
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São facilmente identificáveis, os tais e os quais.
Fazem parte de um contexto que se desenha implacável à cidadania desde o impeachment da presidente Dilma, passa pela farsa das eleições de 2018 e tem narrativa consolidada nos quatro anos do governo paramilitar que só fez açodar os ânimos de interessados e golpistas.
O Estropício e os filhos, os generais de estimação e a corriola toda almejavam eternizar-se no poder.
Perderam nas urnas, mas, em nenhum momento, reconheceram a derrota.
Reforçaram a cantilena de fraudes nas urnas
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Toda vez que as instituições (por mais humanas e imperfeitas que sejam) são fragorosas e continuamente ameaçadas com discursos de ódio e caos, é a democracia que está em risco.
As estrepolias antidemocráticas de 8/1 foram o auge da intentona.
Por isso, os envolvidos não podem passar impunes.
Quanto mais protelamos o julgamento e a sentença da horda, dos cúmplices e dos idealizadores, mais chance daremos a novas investidas tão tresloucadas quanto a desta semana em Brasília.
Que fez o mundo são – e o deus mercado – olhar o Brasil com desconfiança.
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Sem anistia, meus caros.
Sei que não é do meu feitio, permitam-me, pois, o tom mais discursivo:
Que se apure os responsáveis em todas as instâncias e se faça cumprir o rigor da Lei.
Repito:
Sem anistia.
Ou serão inevitáveis a debacle e o retrocesso.
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Ironia ou coincidência escrever a pensata no dia em que se “comemora” outra farsa: a proclamação da República?
Sigamos.
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Leila Kiyomura
16, novembro, 2024Sensatez política, histórica, humana, deveria ser a regra. Mas é para poucos, infelizmente. Os seus leitores, com certeza, vão compartilhar …eu já estou encaminhando… E vamos acreditar que o vento leva as suas reflexões.