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A Feira dos Estudantes e o Jornalismo

Participei, neste fim de semana, da Feira Guia dos Estudantes, realizada no Expo-Center Norte e dedicada a estudantes secundaristas que buscam informações sobre carreiras e universidades. Um enxame de garotos e garotas, entre 16 e 18 anos, percorreu os stands das instituições de ensino de olho em seu futuro e no mercado profissional.

No meu tempo (e põe tempo nisso) havia iniciativas parecidas nos próprios colégios (a chamada Feira Vocacional), mas nada tão grandioso.

Fui lá pela Universidade Metodista para “um plantão tira-dúvidas” sobre o curso e a carreira de jornalista.

Até que me surpreendi com a boa procura que a profissão ainda desperta nos jovens. O jornalismo, convenhamos, se não é a profissão da moda ao menos preserva certo glamour. Ao que pude constatar, não exibe mais aquela pegada das antigas, de que o profissional de Imprensa deveria ser o formador da opinião pública, o paladino da justiça social e cousa e lousa e mariposa.

Me pareceu que a meninada, grosso modo, está mesmo interessada em dar seu recado (se for no mundo digital, melhor), aparecer na telinha e, não raras vezes, eles confundem jornalismo e entretenimento.

Tiago Leifert foi o nome mais citado como modelo.

Vale ressaltar, no entanto, que na idade deles é absolutamente natural que haja essa confusão.

São muito, muito, jovens para essa decisão.

De outro modo, nossa função, como professor e jornalista, é essa mesma: esclarecer os pontos de dúvida, mostrar os obstáculos (o jornalista, por exemplo, trabalha muito e ganha pouco) e os pontos positivos (é, sem dúvida, uma profissão apaixonante).

Talvez o ponto principal da nossa falação seja reiterar a importância que essa molecada nunca abra mão do próprio sonho e que inclua nesse sonhar contínuo a proposta de construção de um Brasil de todos os brasileiros, com solidariedade e justiça social. E distante, muito distante, das aflições que hoje vivemos.