Via email, recebo a foto que está ao lado.
Mostra o pessoal com quem trabalhei na Gazeta do Ipiranga e que me honrou com a presença no lançamento do meu livro “Meus Caros Amigos – Crônicas Sobre Jornalistas, Boêmios e Paixões” (que aconteceu dia 4 na Cultura do Shopping Villa Lobos).
Quem me enviou foi o Arnaldo, o de camisa vermelha ao meu lado.
Bateu uma saudade danada de tantas quantas manhãs de quinta-feira que vivi alucinadamente, ao lado da turma, em ritmo de ‘fechamento’ da edição da semana. Quais seriam os problemas que enfrentaríamos naquele dia para driblar a falta de espaço para o tanto que produzíamos de reportagens? Qual seria a grande manchete? O que eu escreveria coluna semanal que assinei por mais de 20 anos, que se intitulava Caro Leitor?
Era um perrengue.
Mas, como vêem, todos sobrevivemos firmes. Sãos, salvos e fortes.
Bom ver a meninada feliz, mesmo que cada qual tenha lá seguido seu caminho e desbravado dignamente novos desafios.
Fiquei tão positivamente impressionado com a lembrança que até sonhei com a turma toda reunida na velha redação de piso assoalhado e grandes janelões que davam para a ruidosa rua Bom Pastor.
Lá estava eu, atarantado como de costume naqueles dias, a escrever a coluna da semana em frente à indefectível Olivetti.
O toc-toc da máquina de escrever ressoava nas grossas paredes do casarão, viajou por toda a Anchieta e veio confundir-se ao tic-tac do despertador analógico e de estimação que me acorda todas as manhãs, no melhor estilo do tirrim-tirrim-tirrim…
Querem saber?
Mesmo com toda chuva lá fora, mesmo com todos os enroscos do dia, até que acordei um tantinho mais feliz ao lembrar o carinho da rapaziada para com este modesto escriba.