A foto é da amiga e colaboradora do Blog, Jô Rabelo, sensível repórter-fotográfica.
Trata-se de uma imagem antiga. Do tempo em que Lula era presidente da República e foi tirada num encontro entre amigos e correligionários, aqui, mesmo em Sâo Bernardo do Campo.
É uma foto inédita.
Não foi publicada pelo jornal em que a Jô trabalhava porque, me disse a Jô, naquela ocasião ela lá estava como convidada – e não unicamente como profissional. Embora, por costume, tenha levado a máquina fotográfica à tira colo.
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Temos nesta manhã uma boa deixa para disponibilizar a imagem da Jô aqui no Blog.
Dentro de algumas horas, Lula estará aqui em São Bernardo, alguns poucos quilômetros aqui de casa, para fazer um pronunciamento no mesmo local – a sede do Sindicato dos Metalúrgicos – onde, em abril de 2018, fez seu último discurso em liberdade.
Dali, saiu diretamente para a sede da Polícia Federal em Curitiba.
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Naquele dia, tentei chegar ao local.
Queria ver in-loco toda a movimentação de petistas, militantes e simpatizantes. Para depois fazer o registro dos fatos aqui no Blog, minha mambembe ponte para o mundo.
A muvuca era grande – e havia um clima generalizado de tristeza e revolta.
Desisti de ficar por lá.
Voltei pra casa – e, desesperançado, disponibilizei um post que chamei de Poesia numa hora dessas…, um vídeo com a narração do então deputado federal Jean Willys.
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19 meses depois…
Lula está em liberdade, mas não liberto.
Ainda pesam outras tantas acusações em seu costado.
Está indignado com a “a injustiça de que foi vítima”, quer provar sua inocência (“ninguém pode ser preso sem provas, só por convicção deste ou daquele”), e quer voltar às ruas e praças para fazer oposição ao governo do Bolsonistão.
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Faz sentido.
Entendo e admiro.
Tem meu apoio, minha solidariedade.
Mas, sei lá…
Quem aqui me acompanha sabe qual o lado que defendo: “o da construção de um Brasil de todos os brasileiros”, como aprendi, lá nos antigamente, com o dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri.
Não tenho qualquer simpatia por Bolsonaro, Guedes, Moro e congêneres.
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Mesmo assim, caros, continuo desesperançado. Com a sensação que os ódios sempre existiram, explodiram e se arraigaram de tal forma que parecem longe de se dissipar.
Será que, a bem da verdade, nunca existimos como Nação cordial e fraterna, como anunciavam os livros escolares e os cartazes de incentivo ao turismo brazuca?
Temo pelo recrudescimento da violência
Temo pelo destrambelhamento da nossa tenra democracia.
Temo pelo futuro que já tropeça na insensatez do presente…
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De toda forma, Lula, meu prezado, hoje fico por aqui. Vamos ao que se pode, companheiro, e… aquele abraço!
Carolina Martins
9, novembro, 2019O que eu acho?
Acho q a Jô é mesmo uma ótima fotografa.
VERONICA PATRICIA ARAVENA CORTES
10, novembro, 2019A Jô é ótima!!
Tá difícil andar com esperanças…