Foto: Divulgação
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Sou obrigado a voltar à metrópole depois de vinte e tantos dias na aprazível e pacata São José do Barreiro.
Acrescente-se que, além dos encantos naturais, a cidade está zerada de casos de Covid-19 há algumas semanas.
(Foi o que me disseram.)
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Enfim, retorno em pleno feriadão de 12 de outubro…
(Inclusive para tomar a terceira dose da vacina na cidade onde moro, São Bernardo do Campo.)
A viagem é tranquila.
Congestionamento só o de romeiros que tomam os canteiros da Via Dutra.
Caminhantes de todas as idades, sozinhos ou em grupos, rumam para a basílica da Padroeira no dia que lhe é santificado.
É de comover a fé do povo brasileiro em sua manifestação de amor À Virgem Mãe Aparecida.
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Sou um cara humilde que nasceu, cresceu no bairro operário do Cambuci, nos arredores da paróquia de Nossa Senhora da Glória.
Tem certas coisas que mexem com o sentimento de menino que um dia eu fui:
Eis aí um povo que acredita, que batalha, que não precisa de muito para ser feliz.
Já o pacato cidadão que me tornei passa o dia a ruminar consigo um certo desconsolo – e perguntas para quais não tenho resposta:
O que nos falta para nos consolidarmos como uma grande nação. Solidária, justa e inclusiva?
Quando seremos donos e senhores do nosso próprio destino?
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Soube que o arcebispo de Aparecida, na homília da missa da tarde, na presença do dito-presidente que lá compareceu de olho grande no voto dos católicos para a reeleição, não deixou por menos:
O povo precisa abraçar nossas autoridades, sim, mas para construir uma pátria amada, e não uma pátria armada.
“Para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira”, disse dom Orlando Brandes.
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O que você acha?