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A Humanidade em marcha. Pra onde?

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Foto: Arquivo Pessoal

Uma pitadinha histórica:

Carlos Lacerda, líder da UDN – mal comparando, o Centrão dos idos de 64 -, achou que, com a deposição do então presidente João Goulart pelos militares, o caminho estava aberto para que, em 66, ele fosse o presidente da República.

O deputado Ranieri Mazzilli, então presidente da Câmara Federal, chegou a visitar Aparecida para pedir que a Santinha o abençoasse, pois acreditou que, com o Golpe Civil e Militar de abril de 64, ocuparia a Presidência por, no mínimo, dois anos.

Durou o tempo necessário para que os generais lustrassem suas botas e ocupassem por 21 anos o Palácio do Planalto, sem nenhuma pompa, mas recheados de nebulosas circunstâncias.

Deu no que deu…

Enquanto lhe interessou, o Tio Sam bancou a “descubanização” do Brasil no que se entendeu como “Milagre Econômico”. Em 1973, com a primeira crise do petróleo internacional, fechou a torneira dos ‘investimentos’ e o País pagou – e ainda hoje paga em níveis sociais – pelo estrago dos pilares de uma Nação promissora, democrática e que se pretendia minimamente contemporânea.

Enfim…

Isto é História.

Quem tem olhos de ver que veja!

Quem tem ouvidos de ouvir que ouça!

II.

Não estou aqui para ensinar o vigário a rezar o Pai-Nosso.

Sou um homem já em idade avançada, do humilde bairro operário do Cambuci. A única pressa que tenho na vida é a de voltar para casa, e ali ficar com minhas lembranças, meus livros e as canções que aprendi a amar.

Se ainda trago alguma pretensão, é a de ver este País ser verdadeiramente o Brasil de todos os brasileiros.

Simples assim…

III.

Lembro-lhes esses causos, como amparo, para dizer que não faço a menor ideia do que vem pela frente. Se essa tal de Humanidade seguirá em marcha, para os avanços sociais inevitáveis, ou se despenca, como mostram fatos recentes, para o abismo do obscurantismo?

Sei que todos perdemos com a difusão da ganãncia, do ódio e da intolerância.

IV.

Há um pensamento que atribuem à poeta Cora Coralina, mas não tenho certeza quem é o autor.

É bonito, e vale para os dias atuais:

“Desistir… eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.”

De minha parte, ainda me resta um fio de esperança, por isso acredito.

Por isso, escrevo.

TRILHA SONORA

Um samba de 1971…

*Se alguém souber o autor do pensamento, por favor, me avise…

NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR:

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