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A janela (2)

Sobre o post de ontem, o amigo Escova me diz que tentou postar um comentário.

Desistiu “por questões técnicas” e pessoais (“Não sei lidar com essas engenhocas”).

Seu propósito era elencar outros nomes de craques que fizeram nossa cabeça, naqueles idos – Baltazar, Roberto Dias, Chinesinho, Valdir Joaquim de Moraes, Poy, Dorval, Coutinho, Pepe, Djalma Santos…

“… Aproveite e complete com os craques da seleção de 58. Gylmar, De Sordi Belini, Orlando, Nilton Santos, Zito, Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagallo. Dida, Castilho, tantos, tantos… Deveria falar também do noticiário esportivo do Canal 100. Do nosso entusiasmo ao ouvir a música que introduzia a cobertura dos jogos. Tatarantaran… Bons tempos!”

Escova é meu contemporâneo.

Morava na Vila Carioca, periferia do Ipiranga, e eu no Cambuci. Para a época, havia uma distância razoável entre ambos. Mas, nas duas freguesias, o que não falta era campo de futebol. Só nos conhecemos naquela velha redação de piso assoalhado e grandes janelas para a rua Bom Pastor. Éramos repórteres, “jovens e inconseqüentes”, como enfatizava, a cada estripulia que aprontávamos o Velho Marques, nosso primeiro editor.

Escova me chama atenção para que todos os garotos da nossa geração eram iguais, sonhadores e, à sua maneira, românticos. Mesmo assim fez questão de cravar a bonita frase que o Papa Francisco disse quando, em junho, esteve entre nós, no calor das manifestações:

“A juventude é janela pela qual o futuro entra no mundo.”

Escova acrescentou:

“Seja em que tempo for.”

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