O tempo num Rolex passa mais rápido?
Perdoem-me a digressão.
Hoje estou mais sem noção do que o costume.
Escrevo a coluna a esta hora da noite numa das cafeterias da Bauducco, no Shopping Paulista.
Vim resolver umas pendengas em São Paulo e – tudo certo, nada resolvido – achei de boa dar uma parada por aqui. Para espairecer.
A vida anda muito competitiva, meus caros.
Voa.
Passa mais rápido que imediatamente.
(Quem tem tem. Quem não tem não se conforma.)
…
Peço um expresso e dispenso a tentação da fatia de panetone “quentinha, com canela por cima” que a funcionária do caixa me oferece toda sorridente.
Resisto bravamente, mas vacilei legal.
Lembrei o recado do bom doutor que me acode em horas incertas:
– Fique longe dos três dígitos de peso. Para o seu bem – e o da balança do consultório que só vai até 100 quilos.
Ele é assim meio debochado, mas é um bom sujeito.
E eu, malandro-otário, ando com 90 e quequerecos.
…
Começo a escrever no celular, mas confesso a moça do cartaz luminoso, linda de biquíni estampado, parece me olhar fixamente.
Fico sem jeito. Não estou acostumado.
Escolho a mesa aleatoriamente.
Sou um humilde cronista de jornal sem jornal [estão acabando].
O que tanto a modelo me olha, afinal?
Será que elazinha sabe que não tenho qualquer assunto para hoje.
Será?
…
Sem respostas para essas e outras tantas palpitantes questões, não tenho alternativa senão desejar…
.,.. aos meus caríssimos cinco ou seis leitores que tenham um fim de semana ensolarado à beira mar. Aliás, como propõe o anúncio à minha frente.
Ah, antes que me esqueça: praias e mar livres das tais e inoportunas manchas de óleo que desastrosamente se espalham pelo litoral do Nordeste brasileiro.
Divirtam-se!
Se der, juro que apareço…
O que você acha?