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A queda de Mano Menezes

Deve-se mais às questões políticas do que meramente esportivas, a queda do técnico Mano Menezes do comando da seleção brasileira.

Os novos senhores da CBF tratam de “limpar” a área, evitar a concorrência do diretor de seleções, Andrés Sanchez, para a sucessão na entidade que, diga-se, foi antecipada para abril de 2014.

Andrés foi o principal articulador da implosão do Clube dos 13, instituição que, apesar de todos os defeitos, tentava organizar certa independência dos clubes em relação ao poder da CBF (então comandada por Ricardo Teixeira) e ao domínio da Rede Globo de Televisão.

Andrés ainda conta com a “amizade” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fator decisivo para que, ao menos na situação atual, tenha livre trânsito pelos corredores planaltinos, em Brasília.

Depois que a família Havelange/Teixeira caiu em desgraça, o ex-presidente corintiano passou a ser nome mais do certo para suceder a dupla Marin/Del Nero.

Pelas boas ligações que tem, e também por um eventual sucesso da seleção de Mano nos próximos jogos…

Ou seja, uma pedra no confortável sapato dos distintos senhores supracitados.

Com a “inesperada” mudança, creio que estes imaginaram que Andrés pegaria o boné, em solidariedade a Mano Menezes.

Só que o Espanha fez que não era com ele…

E, em coletiva à imprensa, disse entender perfeitamente a hierarquia da CBF.

— Sou um funcionário. Cumpro ordens.

Ele vai tentar emplacar Tite após o Mundial.

Mas, já se anuncia aos quatros cantos, que Felipão vem aí.

Aguardemos, pois, cenas dos próximos capítulos.

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