Portugal – 25 de abril de 1974.
Fim da ditadura salazariana.
O povo nas ruas.
Dia da Liberdade!
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No Brasil, a truculência dos anos de chumbo. Da tortura, da censura, do medo.
A resistência se dá na arte. Música, teatro, cinema…
Nos movimentos populares.
E, acreditem, até no jornalismo.
Desconfio até que, por motivos diversos, os donos dos jornais e os jornalistas estavam do mesmo lado – exceção, óbvio, à Globo e as demais grandes emissoras de TV e rádio.
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Chico Buarque e Rui Guerra ousam montar a peça Calabar – O Elogio da Traição.
Na trilha sonora, a tocante “Fado Tropical”, de versos pungentes:
Ai, esta terra ainda vai cumprir seus ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
Inevitável a ação dos censores.
Detectaram uma indiscutível alusão ao fim da ditadura que nos era imposta então.
Na estreia da peça, a música foi apresentada sem letra.
O que causou um impacto ainda maior na plateia.
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E lá se vão 45 anos…
Custo a acreditar que nada aprendemos…
O que você acha?