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A seleção e a indignação

Diego Cavalieri ou Victor?

Maicon ou Rafinha?

Dedé ou Miranda?

Fernandinho ou Lucas Leiva?

Lucas ou Hernanes ou Robinho?

Quais as escolhas dos meus caros cinco ou seis leitores se ostentassem um belo bigode, aparecesse em dezenas de comerciais e se chamassem Felipão?
Ao que toda a imprensa esportiva diz, essas parecem ser as únicas dúvidas do homem para a convocação da próxima quarta, dia 7.

Neste dia, e em um super mega midiático espetáculo, saberemos quais os 23 nomes que representarão a Pátria em chuteiras no próximo Mundial.

Também amplamente divulgado pelos noticiários, nomes tidos como certos são: Júlio César, Jeferson, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Dante, Marcelo, Maxwell, Luiz Gustavo, Paulinho, Ramires, Oscar, Willian, Neymar, Hulk, Fred, Bernard e Jô.

Nem o chegado que Escova (que se vangloria de ser amigo do Murtosa) discute esses nomes.

Quem sou eu para emitir qualquer opinião sobre…

II.

… até porque a semana que passou foi marcada (e tristemente marcada) pelo desconcertante acontecimento do estádio do Arruda, no Recife. Após a partida (Santa Cruz e Paraná, pela série B), dois vasos sanitários foram lançados do alto das arquibancadas para atingir a um grupo de torcedores do clube visitante à saída do estádio. O que ocasionou a morte de um desses torcedores.

Tamanha estupidez mostra o grau de degradação social que hoje nosso País vive.

Escrevi o País porque o futebol reflete o que infeliz e estupidamente acontece na sociedade. Basta ler e/ou assistir aos noticiários recentes para constatar a que ponto chegamos, o quanto estamos perto do estado de descontrole e barbárie.

III.

Sei que este humilde blog tem por natureza ser espaço de histórias e devaneios do cronista e seus leitores.

Mas, peço que entendam o desabafo, o desalento e indignação.

Como podemos mudar esse trágico cenário?

Não sei se é justo só ficar culpando os governantes (que elegemos), os homens públicos que se arvoram senhores da verdade em diversas instituições sociais, a rede Globo (a quem damos a liderança absoluta de audiência), o tal clamor midiático (inevitavelmente catastrófico e sensacionalista)…

Pensem nisso.

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