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A seleção na TV sem som

Galvão, ame-o ou deixe-o.

Deixo o “lindo lindão” narrador com seu ódio inenarrável aos chilenos.

— São desleais, garantiu.

10 minutos de jogo…

Vou para a Band.

Lá está o veterano Luciano do Valle a trocar os nomes dos jogadores brasileiros. Quando a bola rola com os chilenos, ele também da uma enrolada até identificar o dito-cujo que tanto pode ser o tal ou não. Do hermanos, só conheço e identifico o Valdívia, que jogou no Palmeiras e só entra em campo no segundo tempo.

Desconfio que o narrador padece do mesmo mal.

Perto dos 20 minutos do bom jogo, ele extrapola. Chama André Santos de André Cruz, que jogou na seleção nos idos de 80/90.

Alguém lhe avisa. Ele logo pede desculpas.

Mas, para mim, é a gota.

A despeito das observações sensatas do ex-boleiro Neto, toco para a Sportv.

Milton Leite é o discreto narrador.

Faz uma piadinha aqui, outra ali. Mas, não tem desvãos ufanistas – o que por si só já é um ganho. Difícil mesmo a convivência com o carioquês dos comentaristas. Pegam no pé do Miranda e do André Santos e elogiam a vontade de Adriano, do Mengo.

Resolvo ficar por aqui até o fim do primeiro tempo.

Vejo o repeteco dos melhores momentos na Globo, abaixo todo o volume.

O apartamento fica um silêncio só. Cabe até uma musiquinha de fundo. Confiro eventuais informações que me interessem no minuto-a-minuto do UOL Esporte. Descubro, assim sem querer, uma boa maneira de assistir aos jogos de futebol, sem maiores dramas e altercações de humores.

As transmissões de TV progrediram muito em termos de tecnologia, mas os coleguinhas andam insuportáveis.

FOTO no Blog: Jô Rabelo

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